Maceió — Estudantes, professores e membros de entidades sociais se reuniram na tarde dessa quarta-feira (5), para protestarem contra a atitude racista por parte da proprietária do Colégio Agnes, Suely Dias, contra a professora de gramática da instituição de ensino, Thaynara Cristina da Silva, de 25 anos, na última terça-feira (4).
O manifesto acontece enfrente ao colégio que fica localizado no Trapiche da Barra, em Maceió. Todos os envolvidos na manifestação se posicionaram contra a atitude da proprietária da instituição.
Segundo Thaynara, a dona do colégio chegou em sua sala de aula e falou na frente dos alunos que gostaria de ter um chicote para a professora relembrar o tempo de escravidão. Na ocasião, os alunos que presenciaram a atitude da Suely se indignaram com o que ouviram.
Alunos, professores e membros de entidades sociais no protesto — © Sofia Sepreny
O presidente da Comissão das Minorias Éticas e Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL), disse que ao ficar sabendo a respeito do caso entrou em contato com a professora. “O protesto é uma luta contra aqueles que insistem em discriminar o negro por causa da sua pele”, disse o advogado.
Para Thaynara, a manifestação é uma oportunidade de fazer história do povo preto de Maceió. “Estou muito orgulhosa dos meus alunos. Vamos continuar lutando”.
Por outro lado, a diretora do Colégio Agnes disse que tudo não passou de um mal entendido, e que pretende conversar com mais calma com a professora, e se for necessário, pedir desculpas.
