Lava Jato

Operação Spoofing prende 4 suspeitos de hackear os celulares de Moro e Dallagnol

Quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão foram realizados em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto, cumpridos pela PF

Publicado: | Atualizado em 15/08/2019 23:52


Operação Spoofing prende 4 suspeitos de hackear o celular de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol — © Reprodução
Operação Spoofing prende 4 suspeitos de hackear o celular de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol — © Reprodução

Lava Jato — A Polícia Federal abriu a Operação Spoofing nessa terça-feira (23), e prendeu 4 suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol. A ação teve autorização do juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

Além do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, procuradores da força-tarefa da Lava Jato no estado do Paraná e outras autoridades foram alvo dos hackers. Segundo o mandado de busca, existe há menção ao desembargador federal Abel Gomes (Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio), ao juiz federal Flávio Lucas (18ª Vara Federal do Rio) e os delegados Rafael Fernandes, da PF em São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, em Campinas.

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Os diálogos vazados pelo site The Intercept no auge das investigações da operação entre o procurador e o então juiz Sérgio Moro, não tiveram o reconhecimento das autoridades envolvidas, é o principal motivo da ação.

Com isso, foram quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto, cumprido pela Polícia Federal. A ação foi coordenada pelo delegado da PF Luiz Flávio Zampronha, um dos principais investigadores do escândalo do Mensalão.

Um dos endereços das buscas é a residência da mãe de um dos suspeitos envolvidos, preso na capital paulistana. Segundo as investigações, ele trabalha com shows e eventos.

As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados”, informou a PF.

Spoofing

De acordo com a Polícia Federal, ‘Spoofing’ seria um tipo de falsificação tecnológica que tem como objetivo enganar uma rede ou uma pessoa fazendo com que ela acredite que a fonte de uma determinada informação é confiável, quando na realidade, não é. A operação tem como alvo uma ‘organização criminosa que praticava crimes cibernéticos’.

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Sérgio Moro teve o aparelho celular desativado em 4 de junho, após perceber que havia sido alvo de ataque virtual. O celular do ministro foi invadido por volta das 18h. Ele só percebeu após receber três telefonemas do seu próprio número. O ex-juiz, então, acionou investigadores da Polícia Federal, informando da suspeita de clonagem.

O último acesso de Moro ao aparelho foi registrado no WhatsApp às 18h23 daquele dia.


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