Justiça libera dono de depósito de fogos preso após explosão em Maceió
A decisão foi tomada após uma audiência de custódia realizada na manhã desta terça-feira (7/3), onde ele foi liberado mediante o pagamento de uma fiança de R$ 4 mil.
O proprietário do depósito de fogos de artifício que explodiu em Maceió nesta segunda-feira (6), deixando uma pessoa ferida, foi liberado da prisão mediante o pagamento de uma fiança de R$ 4 mil.
A decisão foi tomada após uma audiência de custódia realizada na manhã desta terça-feira (7/3), na qual também foi determinado que o empresário responderá ao processo em liberdade. O nome do homem não foi divulgado oficialmente.
Ao ser preso em flagrante logo após a explosão, o empresário confessou à polícia que não possuía autorização para armazenar o material. O caso será investigado pelo delegado Robervaldo Davino.
A Justiça determinou algumas medidas cautelares para o proprietário do depósito, além da fiança. O empresário deve cumprir todas as determinações da Justiça e comparecer aos atos processuais, não pode se ausentar da cidade sem autorização, não pode frequentar determinados lugares e não pode se comunicar com testemunhas e outros envolvidos no caso.
Apresentar comprovante de residência e número de telefone em até 10 dias. Salienta-se que não poderá alterar sem prévia autorização judicial.
Proibição de se ausentar da comarca de Maceió por mais de 8 (oito) dias sem prévia comunicação ao juízo processante.
Proibição de manutenção das atividades com explosivos e fogos de artifícios até que sejam obtidas as devidas autorizações legais.
O empresário foi autuado no artigo 251 do Código Penal, que trata da exposição a perigo da vida, integridade física ou patrimônio de outras pessoas mediante explosão, arremesso ou colocação de engenho de dinamite ou substância análoga. A pena para este crime é de três a seis anos de reclusão e multa.
Um outro homem que seria o caseiro do local foi conduzido à Central de Flagrantes como testemunha. Ele afirmou à polícia que no local funcionava uma fábrica de fogos de artifício e que havia cinco pessoas trabalhando, embora normalmente apenas dois aparecessem com mais frequência.
A causa da explosão ainda é desconhecida. O depósito fica próximo à Rota do Mar, entre os bairros Benedito Bentes e Guaxuma, e o barulho e a imensa coluna de fumaça foram registrados em diversos outros bairros da cidade.
A pessoa ferida estava do lado de fora do depósito e sofreu queimaduras de primeiro grau, mas não quis ser encaminhada para o hospital. O cenário deixado pela explosão foi de destruição.