Em mais um capítulo do processo bilionário de recuperação judicial da Laginha Agroindustrial S/A, o juiz Helestron Costa criticou o pedido do Ministério Público de suspensão da Assembleia Geral de Credores (AGC). Segundo reportagem do jornal Extra, o magistrado considerou que o parecer do MP apresenta “pontos de desconexão com a realidade” e não considera plenamente o impacto que uma suspensão teria para o andamento do caso.
A assembleia, realizada na última quinta-feira, tinha como objetivo deliberar sobre propostas de pagamento aos credores, reunindo representantes de diferentes grupos. O pedido do MP foi baseado na preocupação de que movimentos sociais envolvendo pequenos credores poderiam afetar o equilíbrio das negociações e causar desordem na condução do processo.
Conforme relatado pelo Extra, o juiz Helestron Costa afirmou que o papel do Ministério Público é garantir a preservação dos direitos dos credores, mas sem comprometer o avanço das tratativas. Para Costa, a suspensão da assembleia prejudicaria diretamente a finalização do processo e atrasaria o pagamento aos credores.
O magistrado destacou ainda que as propostas em pauta já oferecem alternativas para proteger os credores menores, reforçando que o MP deve atuar com imparcialidade e objetividade, acompanhando as discussões de maneira técnica.
O processo de recuperação da Laginha segue em análise, e os resultados da assembleia serão determinantes para as próximas fases.