OMS fala em “mal-entendido” sobre assintomáticos não transmitir coronavírus

Uma nova declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) a respeito da transmissão do novo coronavírus através de pessoas assintomáticas, confrontou uma publicação compartilhada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (Sem partido), no dia 8 de junho em seu Twitter.

Bolsonaro havia compartilhado uma notícia baseada na declaração da infectologista Maria Van Kerkhove – responsável técnica pelo time de combate à covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que havia dito que a transmissão de Covid-19 por assintomáticos é “muito rara”.

Em novo pronunciamento, Kerkhove  disse que houve um mal entendido.

– Acho que é um mal-entendido afirmar que uma transmissão assintomática globalmente é muito rara, sendo que eu estava me referindo a um subconjunto de estudos. Também me referi a alguns dados que ainda não foram publicados, e essas são as informações que recebemos de nossos Estados-Membros. – explicou

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Ela voltou a falar do modo de transmissão já conhecido.

– A maioria das transmissões que conhecemos ocorre por pessoas com sintomas que transmitem o vírus por meio de gotículas infectadas. Mas há um subconjunto de pessoas que não desenvolvem sintomas, – afirmou.

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS

Bolsonaro e a OMS

Em seu Twitter, o presidente Bolsonaro usou a situação para justificar sua critica ao isolamento social como forma de combater a Covid-19. Ao publicar a notícia de que a OMS havia, segundo o site “Jornal da Cidade Online” admitido que assintomáticos não transmitem, ele escreveu o seguinte texto;

– Após pedirem desculpas pela Hidroxicloroquina, agora a OMS conclui que pacientes assintomáticos (a grande maioria) não têm potencial de infectar outras pessoas. Milhões ficaram trancados em casa, perderam seus empregos e afetaram negativamente a Economia.