Alagoas – A trágica realidade da seca em Alagoas pode se agravar ainda mais em 2019, segundo um estudo feito pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no qual mostra que o fenômeno denominado El Niño deve ganhar força a partir dos próximos meses.
De acordo com o instituto, o fenômeno já é visível em algumas regiões do Oceano Pacífico, só que se mostra com pouca força ou moderado, cenário que deve ir mudando já a partir do começo do ano que vem. Para Humberto Costa, que é professor e coordena o instituto, entre os setores mais impactados pelo fenômeno está o da agricultura, tendo em vista que toda a produção agrícola no Semiárido alagoano, depende das chuvas.
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As análises feitas, mostram que o El Niño deve atingir o seu ápice no início do ano, entre janeiro e março, com as águas aquecidas em toda extensão do Oceano Pacífico, fator que deve agravar ainda mais a situação da seca com possíveis alterações no quadro chuvoso e na temperatura, já no primeiro trimestre do ano.
Mesmo que em 2018 o volume de chuvas tenham sido um pouco maior, a realidade da seca já faz o nordestino sentir na pele o sofrimento causado pela falta da chuva no Semiárido nordestino. Já foram contabilizados até o momento, 38 municípios alagoanos que decretaram situação de emergência por causa da seca no estado. Muitos já perderam o gado por falta de água e comida, e dependem da ajuda do governo para ter acesso à água potável.
O El Niño é um fenômeno climático, de caráter atmosférico-oceânico, em que ocorre o aquecimento fora do normal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico Equatorial. As causas deste fenômeno ainda não são bem conhecidas pelos especialistas em clima.
