Polícia interrompe velório em Ibateguara e leva corpo para IML

Segundo testemunhas, Weverton Isaias da Silva, de 16 anos, morreu após sofrer uma descarga elétrica. O hospital onde ele morreu, liberou o corpo para a família antes de a polícia perícia-lo.

Entrada da cidade de Ibateguara — © BR104

Entrada da cidade de Ibateguara — © BR104

Um adolescente de 16 anos sofreu uma descarga eléctrica e morreu, enquanto cortava uma árvore em Ibateguara, nesta quinta-feira (27/05). Segundo a Polícia Civil (PC), Weverton Isaias da Silva chegou a ser socorrido, mas não resistiu e faleceu a caminho do hospital.

Ao BR104, o chefe de Operações do 118º Distrito Policial de Ibateguara, Leandro, relatou que o caso ocorreu quando a vítima fazia a poda de uma mangueira no Sítio Coimbras, na zona rural da cidade. A suspeita é que o facão usado por ele tenha possibilitado o choque elétrico.

Ainda conforme Leandro, o rapaz chegou a ser socorrido por populares e encaminhado para o hospital local, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho da unidade de saúde. Ele não usava o equipamento de proteção individual no momento do acidente.

Nas redes sociais, amigos lamentaram o falecimento. “Que Deus te coloque em um bom lugar meu amigo, saiba que nunca vou esquecer das vezes que você me ajudou quando mais precisei de ti. Ainda não consigo acreditar que você se foi”, escreveu Eloise Torres.

Weverton Isaias da Silva, de 16 anos — © Arquivo Pessoal

Velório interrompido

Além de estarem sentindo a dor da perda de um ente querido, os parentes e amigos de Weverton Isaias tiveram que passar ainda por uma situação “constrangedora” enquanto prestavam suas últimas homenagens ao jovem, durante o velório que era realizado na casa onde ele morava.

O chefe de Operações contou que a Polícia Civil foi acionada para colher informações sobre o caso, mas ao chegar no hospital, constatou que a unidade de saúde havia cometido um erro ao fazer a liberação do corpo para sepultamento, sem que antes ele tivesse passado pela Perícia Forense.

“O correto era que o jovem fosse levado primeiro para o IML, onde passaria por exame de necropsia. Por esse motivo, infelizmente, a família teve que passar por essa situação constrangedora. Nossa equipe foi até a residência onde o jovem era velado e teve que interromper a cerimonia fúnebre”, disse.

O agente explica que em casos de mortes “não naturais”, o cadáver deve ser periciado antes de ser entregue para a família, o que não ocorreu com Weverton. A perícia faz parte do processo de identificar, pois identifica a causa da morte e ela pode ser usada até em processo de investigação.

Em contato com a assessoria de comunicação do Instituto Médico Legal, a reportagem foi informada que o corpo de Weverton foi liberado na manhã desta sexta-feira (28), às 10h30.