O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) deve analisar nesta quinta-feira (18/03) as ações que podem impactar no resultado das eleições de 2020 no município de Ibateguara, na Zona da Mata do estado – com a possibilidade da realização de uma nova eleição.
Os processos foram representados pela coligação “Renova Ibateguara”, composta por Edja Sá e Zorte Lins, que disputaram ao cargo de prefeita e vice, respectivamente, no pleito do ano passado, em face da chapa do MDB, formada pela atual prefeita “Néa do Geo” e seu vice, Chico do HGU, e contra o ex-prefeito Geo Cruz.
Um deles cita que Geo teria feito o uso de suas redes sociais, Instagram e Facebook, para promover as suas ações e fortalecer a campanha de Néa, mesmo durante o período em que, segundo a lei eleitoral, os prefeitos não podiam fazer qualquer publicidade das ações de governo.
A denúncia também aponta a troca no nome de Lucinéia Laurentino Felix da Silva, para o nome político de “Néa do Geo”. O objetivo da mudança era atrelar o nome do prefeito ao da candidata, dando a impressão ao eleitor “que votar na candidata é a mesma coisa que votar no prefeito”.
A ação foi julgada pelo juiz José Alberto Ramos, titular da 16ª Zona Eleitoral de São José da Laje. Em sua decisão, o magistrado cassou os registros das candidaturas de Néa e Chico, bem como os tornou inelegíveis pelo prazo de oito anos. Além disso, também condenou Geo ao pagamento de multa eleitoral no valor de R$ 50 mil.
Os citados nos autos, por sua vez, recorreram à sentença, que será julgada amanhã pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. E, dependendo do resultado, uma nova eleição poderá ocorrer no município para definir um novo prefeito e um vice-prefeito.
Outros dois processos também devem ser apreciados amanhã: um é referente a suposta contratação de menores por parte da atual prefeita do município e seu vice, bem como pelo ex-prefeito; e o outro trata sobre os atos de abuso de poder político de Geo em benefício da campanha de Néa, a quem ele apoiava.