Ibateguara — A criança de 11 anos que deu à luz a um bebê em uma maternidade de União dos Palmares, em um parto de risco, deve receber alta na tarde desta segunda-feira (22). A informação foi confirmada pela Maternidade Santa Catarina. Além da criança, o bebê passa bem, mas também continua na maternidade.
O caso da gravidez precoce veio à tona na noite do último sábado (20) quando a menina deu entrada na unidade de saúde em trabalho de parto. Diante do fato, a diretoria do hospital comunicou o conselheiro tutelar de União dos Palmares, Alisson Pereira, que foi à unidade de saúde para averiguar o fato.
Alisson contou que imediatamente acionou o Conselho Tutelar de Ibateguara, pois a menina, que fez 11 anos em maio deste ano, reside no município. Disse ainda que ao conversar com a mãe da garota, foi informado de que ela sabia da gravidez e que consentiu a convivência entre a filha e seu companheiro, um jovem de 21 anos.
Em relato, a mãe disse que a criança morava com o ‘esposo’ desde os dez anos de idade, mas que meses após ter ido morar com ele, foi abandonada. Ela teria suspeitado da gravidez e resolveu procurar o Conselho Tutelar da cidade para denunciar o caso, sendo aconselhada a procurar as autoridades.
O caso não teve o acompanhamento dos conselheiros porque, além da mãe ter dito que à época a menina tinha 14 anos, também alegou que tinha medo do companheiro da filha e resolveu não acionar a polícia. Entretanto, chama a atenção o fato do Conselho Tutelar não ter solicitado nenhuma documentação da garota.
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A mãe, por sua vez, alegou que o Conselho da cidade acompanhou a criança durante as consultas de pré-natal, tendo contato direto com o caso. Afirmou ainda de que a menina fez apenas três consultas médicas, mas que desistiu por medo de que a situação fosse descoberta, vindo à tona na noite de sábado.
“Quando chegou ao hospital, a historia da mãe era que a adolescente teria 14 anos, que o documento foi registrado errado. Quando a criança nasceu, o cartório registrou a criança com idade avançada. Logo após fui conversar com ela [a mãe]. Ela me confirmou que a menina tinha apenas 11 anos”, disse Alisson Pereira.
O caso também ficará sob responsabilidade da Polícia Civil (PC). “Agora, a situação vai ser com a delegacia, o delegado vai apurar todas as informações. Ele vai ouvir a genitora, a menina e o pai da criança. Se caso venha ser comprovado que ouve negligência da mãe da menina, ela também irá responder. Já o pai da criança responderá pelo crime de estupro de vulnerável”, conclui.
