Conselheiro tutelar fala sobre Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão

Em média, 18 mil crianças são vítimas de violência doméstica por dia no Brasil, segundo dados apresentados pela Sipani

Alexander Campos, conselheiro tutelar de União dos Palmares — © Reprodução/Doze em Ponto/BR104

Alexander Campos, conselheiro tutelar de União dos Palmares — © Reprodução/Doze em Ponto/BR104

Brasil — Recorda-se nesta terça-feira (04), o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Longe de ser um dia de celebração, este é um dia de reflexão. Todos os dias as crianças são vítimas de agressão física e psicológica no mundo inteiro, inclusivamente nas suas próprias casas.

Em média, 18 mil crianças são vítimas de violência doméstica por dia no Brasil. Os dados, apresentados pela Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância (Sipani), representam 12% das 55,6 milhões de crianças menores de 14 anos.

“No dia 18 de maio, toda sociedade acompanha o combate ao abuso e exploração sexual de criança e adolescentes. Cerca de 85% dos casos são decorrentes de familiares, e isso é o que é muito preocupante. A violência doméstica também são dados que levantam essa estatística”, destaca Alexander Campos, conselheiro tutelar de União dos Palmares.

Combater a agressão infantil não é nada fácil, considerando que muitas vezes a criança ou o jovem não tem coragem de contar que está sendo sofrendo agressões por razões associadas ao medo, vergonha ou dúvida.

“Essa data é muito importante. São vários sinais que podemos identificar esse tipo de violência. Você vê uma criança que na verdade ela é alegre, principalmente na escola. A escola é o ponto principal para se descobrir um problema de violência, pela forma de como a criança se comporta. São pontos principais que precisam ser observados. O mais importante é os pais conversarem com seus filhos”, explicou.

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Maus tratos e violência contra crianças e adolescentes é crime, cuja pena prevista no Código Penal Brasileiro é de 1 a 4 anos, em casos de lesão corporal de natureza grave, acrescidos para 4 a 12 anos, quando essa lesão leva à óbito. Quando a vítima sobrevive a guarda passa a ser do parente mais próximo.

Outro ponto importante sobre a defesa das crianças e adolescentes é, em qualquer suspeita de violência ou agressão, encaminhar a denúncia para o Conselho Tutelar da cidade o mais rápido possível ou ligar para o Disk 100, visto que o público em questão é vulnerável.