Brasil- O número de brasileiros que vivem em situação de pobreza aumentou em quase dois milhões no último ano. Os casos de extrema pobreza também cresceram quase que no mesmo ritmo, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (5), pelo segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O que é SIS?
É uma síntese que analisa a qualidade de vida e os níveis de bem-estar das pessoas, famílias e grupos populacionais, a efetivação de direitos humanos e sociais, bem como o acesso a diferentes serviços, bens e oportunidades, por meio de indicadores que visam contemplar a heterogeneidade da sociedade brasileira sob a perspectiva das desigualdades sociais.
Segundo uma pesquisa feita pelo instituto, em 2016, o número de pessoas nesta situação era de 52,8 milhões, contingente que subiu no ano seguinte (2016), para 54,8 milhões. Crescimento que corresponde a cerca de 4% e representa 26,5% da população do país.
De acordo com André Simões, responsável pela pesquisa, o aumento da quantidade de pessoas nestas condições, se deve a falta de emprego. Fenômeno que se alastra em todo país em decorrência da crise financeira.
Segundo ele, em 2017 houve um pequeno aumento do PIB, fato que segundo ele aconteceu por causa da agroindústria que segundo ele, não gera tantos empregos como outros setores.
Para o IBGE, a pessoa é considerada em situação de extrema pobreza se a sua renda corresponder a menos de US$ 1,90 por dia, o que equivale a aproximadamente R$ 140 por mês. Já a linha de pobreza é de rendimento inferior a US$ 5,5 por dia, o que corresponde a cerca de R$ 406 por mês. Esses valores foram definidos pelo Banco Mundial para monitorar a situação da pobreza no mundo.
*com informações do IBGE
