Aumentaram os casos de acidentes e mortes relacionados à energia elétrica no Brasil. A informação consta na prévia do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).
De acordo com o levantamento, o excesso de equipamentos plugados em uma mesma tomada (os famosos “T”), gambiarras, falta de manutenção e instalações elétricas antigas são as causas mais comuns dos incêndios gerados por eletricidade.
O Anuário Estatístico trouxe dados inéditos do primeiro semestre de 2021 e também revelou um comparativo das ocorrências dos últimos três anos no país. Os dados são ainda mais alarmantes quando é levado em consideração o número de ocorrências com mortes.
Só nos seis primeiros meses deste ano, 28 pessoas morreram em decorrência de incêndios por sobrecarga, uma alta de 255% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando 9 pessoas perderam a vida pelo mesmo motivo. Em 2019, o número foi o mesmo que este ano.
Em 2019, também foram registradas 287 ocorrências de incêndio por sobrecarga e, em 2020, 260 casos. Neste ano, o número de sinistros voltou a crescer, totalizando 288 acidentes envolvendo eletricidade. A alta é de 11% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Bruno Pimentel, executivo da área de Segurança da Equatorial Alagoas, chama a atenção para a importância de efetuar a revisão constante das instalações elétricas e também ficar atento ao excesso de equipamentos eletrônicos conectados a uma rede elétrica ao mesmo tempo.
“O uso inadequado de tomadas, plugues, extensões e benjamins compromete a fiação e ocasiona desgaste dos fios, curtos-circuitos, choques elétricos e até incêndios. Por isso, evite utilizá-los com frequência para não sobrecarregar o circuito”, aconselha.
Saiba como identificar sinais de sobrecarga de energia elétrica
Segundo Bruno Pimentel, uma dica importante para identificar sobrecarga de energia elétrica é prestar atenção em fios, cabos e disjuntores, que devem estar adequados à estrutura do imóvel e à quantidade de circuitos e tomadas.
“Fios e cabos com cheiro de queimado, ressecados ou rachados, redução da luminosidade em equipamentos de grande potência, e desarme dos disjuntores também pedem atenção redobrada e acedem o sinal de alerta”, acrescentou o executivo da área de Segurança da Equatorial.
Em estabelecimentos comerciais, também é preciso ficar atento ao desempenho da rede e, caso seja necessário o aumento na demanda de energia, o recomendado é realizar o dimensionamento com a ajuda de um profissional qualificado. O acrescimento da carga deve ser protocolado e aprovado pela Distribuidora.
“A melhor maneira de evitar acidentes com eletricidade é, sem dúvidas, a prevenção. Realizar a manutenção das instalações elétricas é se preocupar com a vida”, finaliza o executivo da Equatorial Alagoas.
*Com informações da Assessoria