Marta é aplaudida de pé ao defender igualdade de gêneros no esporte em Comitê da ONU

Em depoimento emocionante, a jogadora da seleção brasileira disse: "O preconceito e a falta de oportunidade já me doeram"

Marta rouba a cena em discurso da ONU (Créditos: Reprodução/Imagem-ONU)

Marta rouba a cena em discurso da ONU (Créditos: Reprodução/Imagem-ONU)

Todo ano o Comitê Olímpico Internacional promove em sua sede da ONU (Organização das Nações Unidas) na cidade de Nova York, o (COI) Women and Sport Trophy, para que sejam premiados instituições e pessoas que contribuíram e contribuem na luta pela igualdade de gênero dentro do esporte.

Seis troféus foram destinados a confederações e personalidades anônimas do grande público mundial, principalmente para pessoas importantes na caminhada em direção ao equilíbrio no meio do esporte entre homens e mulheres.

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A jogadora de futebol Marta Vieira da Silva, atual embaixadora das Nações Unidas da Boa Vontade de Mulheres e Meninas no esporte, esteve na cerimônia do comitê. A jogadora ressaltou a importância do esporte que segundo ela é uma ferramenta eficiente para conquistar a igualdade de gênero.

O esporte é uma ferramenta muito poderosa para alcançar a igualdade de gênero. No Brasil, meninas que passaram pelo programa One Win Leads Another, um programa conjunto entre a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres e o COI, transformaram suas vidas e mudaram a realidade em torno delas. Temos histórias de meninas que completaram o programa e agora estão jogando em equipes profissionais”, disse a jogadora.

Marta foi eleita como a melhor jogadora do mundo por seis vezes, e hoje é uma das quatro embaixadoras do esporte na ONU em defesa da igualdade de gêneros. Durante seu discurso a jogadora foi aplaudida de pé por todos que estavam presentes no evento.

Estamos globalmente comprometidos em alcançar a igualdade de gênero até 2030. Há muito a ser feito em tão pouco tempo”, afirmou a atleta.

Bastante emocionada, Marta recordou de sua origem humilde, e da cidade onde morou com aproximadamente 11 mil habitantes, no interior de Alagoas. A atleta também lembrou das dificuldades que passou e ressaltou a discriminação e a ausência de chance pela qual ela passou para chegar onde estar hoje.