Dia Nacional do Surdo: OMS coloca doença na lista de prioridades para este século

Segundo a OMS, o Brasil tem 10 milhões de surdos; doença ocupou o quarto lugar na lista de doenças

Segundo a OMS, o Brasil tem 10 milhões de surdos; doença ocupou o quarto lugar na lista de doenças — © Ilustração

Segundo a OMS, o Brasil tem 10 milhões de surdos; doença ocupou o quarto lugar na lista de doenças — © Ilustração

Geral — 26 de setembro, Dia Nacional do Surdo. A data busca marcar, também, a luta das pessoas pela inclusão e respeito à diversidade. Apesar das conquistas, a comunidade ainda sofre com as barreiras para uma sociedade mais acessível e inclusiva.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem 10 milhões de surdos e, desse total, aproximadamente 30% não sabem ler o português, enquanto os 70% restantes sabem, mas não compreendem o que está escrito. Em pesquisa realizada pela OMS, de 2013 a 2015, a surdez ocupou o quarto lugar na lista de doenças.

A doença é considerada a primeira deficiência com mais impacto no índice de qualidade de vida da população, mais do que deficiência visual, de locomoção e outras 345 doenças. Para OMS, a surdez pode trazer consigo diversas problemáticas que corroboram para danos sérios à saúde, inclusive os mentais como, por exemplo, a depressão.

Isso levou o órgão a colocá-la como uma de suas cinco prioridades para este século. Fones de ouvido, lugares barulhentos ou com grande ruído são os grandes vilões, e a população mais jovem, as maiores vítimas, justamente por sua predisposição ao uso de fones de ouvido.

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Cuidados

Em muitos casos, o problema pode ser prevenido com medidas simples do dia a dia, como evitar a colocação de objetos no ouvido, fazer o tratamento de doenças adequadamente, não ouvir música alta, entre outras. Essas precauções podem ajudar a garantir uma saúde auditiva ao longo da vida.

Confira algumas dicas:

1. Não coloque objetos no ouvido

Colocar objetos no ouvido pode obstruir a passagem do som e provocar um processo infeccioso ou inflamatório no local, desobstruindo alguma estrutura do ouvido.

2. Evite sons altos

Mesmo quando nos acostumamos com o volume nas alturas, existe um risco de os ouvidos serem danificados, e o ideal é que o som não ultrapasse 50% do limite do aparelho.

3. Faça o tratamento de doenças adequadamente

O recomendado é buscar ajuda médica e seguir o tratamento prescrito, caso o primeiro sinal da doença seja percebido.

4. Utilize EPIs em trabalhos com intensos ruídos

Quando somos expostos a ruídos diários que ultrapassam o limite de segurança, seja de forma súbita, seja de forma esporádica, seja de forma prolongada, devemos sempre utilizar Equipamentos de Proteção Individual.