Segunda acusação de assédio faz Nike romper contrato com Neymar

A multinacional resolveu romper contrato com Neymar após a recusa do jogador em colaborar com as investigações sobre assédio.

Neymar Junior | © Reprodução

Neymar Junior | © Reprodução

Nesta sexta-feira (28), a Nike informou, por meio de uma nota, que rompeu contrato com Neymar em 2020 após a recusa do jogador em colaborar com as investigações sobre o assédio de uma das funcionárias da empresa. O atacante é acusado de assédio pela segunda vez. O primeiro caso envolveu a modelo Najila, e a investigação foi arquivada em 2019 por falta de provas.

A funcionária da multinacional afirma que o jogador tirou a cueca e tentou forçá-la a fazer sexo oral em um hotel na cidade de Nova York, em 2016. E que ele tentou impedi-la de sair do local, chegando a persegui-la pelo corredor do hotel totalmente embriagado.

Segundo a Nike, a vítima relutou em denunciar o jogador em um primeiro momento. Por isso, a empresa optou por respeitar a confidencialidade e não se manifestou sobre o incidente. No entanto, em 2019, a mulher mudou de ideia, e a multinacional abriu uma investigação independente.

Em uma nota, a empresa declarou que: “A investigação foi inconclusiva. Não emergiram fatos suficientes que nos permitam falar substancialmente sobre o assunto. Seria inapropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem poder oferecer fatos que a suportem. A Nike encerrou sua relação com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações críveis de uma funcionária”.

Conforme o Jornal americano Wall Street Journal, o caso teria acontecido durante uma viagem do jogador à cidade de Nova York, nos Estados Unidos, em 2016, para um campanha publicitária. Na reportagem, o jornal acrescenta que a funcionária trabalhava coordenando a logística de Neymar.

O atacante tinha contrato com a Nike desde os 13 anos de idade. Foi uma parceria longa, levando em conta que hoje o jogador tem 29 anos. Além disso, ele já vinha se envolvendo em outras polêmicas, que estavam desagradando a Nike. Entre elas, a de incentivar a aglomeração em tempos de pandemia aqui no Brasil.

Além disso, também houve o episódio em que o jogador atacou verbalmente o jornalista da CNN, sobre o caso da chacina no Jacarezinho, no qual o jogador defendeu a operação policial que culminou em várias mortes; entre outras confusões e polêmicas causadas pelo futebolista.