
O cantor, poeta, compositor e instrumentista pernambucano Alceu Valença, que completou 77 anos na última sexta-feira (1º), ganhou a sua primeira biografia, com o título “Pelas ruas que andei”, escrita pelo jornalista Júlio Moura. No livro de 600 páginas, que foi lançado na última semana, são relatados grandes momentos da vida do artista, inclusive, aqueles antes da sua carreira.
O título da biografia vem da música “Pelas Ruas Por Onde Andei”, do álbum Cavalo de Pau, de 1982, do próprio Alceu. O livro foi editado pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), em parceria com a Relicário Produções, e pode ser encontrado para venda no site da editora e nas livrarias, tanto na versão digital como em audiolivro.
Na obra, o escritor Júlio Moura traz um vasto conteúdo da trajetória do cantor, incluindo a atuação dele como ator e diretor de filmes, lançamento de álbuns de grande sucesso, e até mesmo como ele apresentou um ritmo totalmente novo na década de 60, ao tocar uma guitarra elétrica, misturando o rock com as suas canções nordestinas.
“As pessoas até hoje não entenderam essa questão de rock com Nordeste. O que acontece é o seguinte: eu uso um instrumental que era muito usado dentro do rock: uma guitarra elétrica”, destacou Alceu Valença em entrevista ao Fantástico.
Além disso, o artista comprou uma casa colonial de três andares no centro de Olinda, para onde ele volta todas as vezes, recebe o público e faz apresentações.
“É uma casa que eu paro. Aqui eu tenho lembranças maravilhosas, então minha casa é cheia de boas lembranças. Mas não me sinto dono de nada. Dono não sou, sou vigia das coisas que acumulei – esse é um verso de meu tio Geraldo”, pontuou.
O cantor pernambucano recebeu sua primeira biografia ainda em vida, e continua compondo, cantando e encantando não somente o Nordeste, como o Brasil e o mundo a fora. Ele é atemporal.