Após apenas duas partidas como técnico do Corinthians, Cuca deixou o comando o time, por pedido da família, nesta quarta-feira (26/4). A decisão foi comunicada por ele após o jogo contra o Remo, quando o Timão venceu nos penâltis e se classificou para as oitavas da Copa do Brasil.
Desde que foi contratado pelo time na última quinta-feira (20), o técnico tem recebido muita pressão da torcida, por ter sido condenado por estuprar uma menina de 13 anos, junto com três homens, em 1989, na Suiça. Nas redes sociais, muitos protestos foram feitos contra ele, onde internautas levantaram a hashtag “Respeita as Minas!”.
A diretoria, por sua vez, dizia acreditar na inocência dele, como o próprio declarava. O treinador alegava que a vítima não teria lhe reconhecido, mas ele foi desmentido nos últimos dias pelo advogado da menor à época.
Em seu pronunciamento de despedida, Cuca disse que está sofrendo um “massacre”, pois colocaram “em xeque sua dignidade”.
“E antes desse sonho se realizar, tiveram três, quatro dias muito pesados para mim. De pesadelo. Foi quase um massacre o que acabou acontecendo. Eu estava muito concentrado nessa decisão, não queria tirar o foco. E isso acaba levando para os jogadores. Hoje me emocionaram. Estou aqui há cinco dias, mas todos ofertaram para mim. Eu não pedi nada, mas eles sentiram, como ex-atleta que sou, o que estou passando. O que estou passando, e quero ser bem breve, porque não quero ser vítima de nada, é a pior coisa que um homem pode passar. Quando está em xeque a dignidade dele. Quando invade as redes sociais das filhas e mulher com ameaças e ofensas descabidas”, declarou Cuca.
O presidente do Corinthians lamentou a saída de Cuca e comunicou que já está a procura de um novo comandante.
O técnico paulista durou menos de uma semana no comando do time. Ele foi anunciado como substituto de Fernando Lázaro, e estreiou no domingo (24), em derrota por 3 a 1 para o Goiás.
