Nova disputa pelos direitos de transmissão de jogos de futebol no Brasil

A Medida Provisória publicada no mês passado tem alterado o contorno de exibição de jogos nas emissoras brasileiras

Transmissão de jogos no Brasil — © reprodução

Transmissão de jogos no Brasil — © reprodução

Esporte – A nova Medida Provisória (MP) tem modulado o formato de transmissões de jogos de futebol no Brasil. A medida foi publicada no dia 18 de junho, alterando entre outros itens, o artigo da Lei Pelé que trata sobre o direto de transmissão das partidas, que antes para serem exibidas era necessário um acordo por contrato entre os dois clubes envolvidos no jogo.

A MP foi criada como base emergencial diante da crise sanitária e econômica que o país têm vivenciado nos últimos dias devido a pandemia causada pelo novo coronavírus. No entanto, existe especulações de que a proposta tem vários fatores políticos.

Um deles, é o confronto entre o Flamengo e a Rede Globo. O clube inclusive, não fechou com a emissora a exibição dos jogos do atual Campeonato Carioca. Além disso, o Mengão foi um dos clubes brasileiros que mais pressionou as autoridades para que o retorno do futebol acontecesse.

O professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Anderson Santos, autor do livro: Os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol, explica como a mudança altera os reflexos do clube carioca.

– A proposta como é Medida Provisória, imediatamente altera uma situação em curtíssimo prazo. São os jogos do Flamengo pelo Campeonato Carioca, já que o Flamengo não aceitou ganhar a mesma cota de transmissão que o Fluminense, vasco e Botafogo ganhariam segundo o acordo que a Globo tinha para o Carioca – explica o professor.

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A posição do Flamengo em não aceitar a cota de transmissão, seria pelo fato da diretoria do clube achar que o produto [Flamengo] vale muito mais normalmente pela quantidade de torcedores e também pelos resultados conquistados dentro de campo no ano passado, e que por esse motivo deveria ganhar mais que os outros clubes.