O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) protocolou um documento acusando o Flamengo de ludibriar os familiares dos 16 jovens que sobreviveram ao incêndio no alojamento Ninho do Urubu, no dia (08/02/2019).
Segundo os documentos, o clube pretende pagar o valor de R$ 20 mil referente a danos morais, só que para isso, os envolvidos no caso deveriam renunciar uma futura ida à Justiça em busca de outros direitos que viessem exigir.
De acordo com o documento, o MPRJ exige que o clube conceda o pagamento de R$ 20 milhões por danos morais de forma coletiva. Além da anulação de todos os acordos que já foram realizados entre o clube, e os familiares dos sobreviventes da tragédia.
Para o MP, “a estratégia do réu foi celebrar um acordo pelo menor valor que conseguisse”, pensando apenas em si próprio. Além disso, o documento afirma que o clube teve tempo suficiente para normalizar as dependências do Centro de Treinamento:
– Inúmeras oportunidades, ao longo de sete anos, de regularizar plenamente a situação de segurança no CT, mas não atendeu às obrigações legais de cumprimento de seus deveres de cuidado – relata um trecho do documento.
Nesta semana, uma matéria publicada pelo BR104, com base nos documentos divulgados pelo site UOL, revelou que, o Flamengo tinha conhecimento da situação precária existentes nas instalações do CT.
O que foi confirmado em um outro trecho do documento do MPRJ, onde mostra que o clube se recusou a assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), requerido pala Promotoria da Infância e da Juventude que exigia melhorias nas condições de trabalhos dos jovens no clube.
No entanto, como não existe uma obrigatoriedade para assinar o documento, o clube optou na época por não assinar o acordo proposto pela TAC.
Flamengo é acusado de coagir sobreviventes do Ninho do Urubu — © Reprodução
