
O ex-pugilista José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, faleceu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, em São Paulo, devido a complicações causadas pela encefalopatia traumática crônica, doença também conhecida como demência pugilística. Maguila estava internado em estado delicado, lutando contra essa condição degenerativa que afeta muitos ex-boxeadores, após anos de combate no ringue.
Maguila foi um dos grandes nomes do boxe brasileiro, consagrando-se ídolo nacional nas décadas de 1980 e 1990. Com um cartel que inclui 85 lutas, 77 vitórias, sendo 61 por nocaute, ele conquistou diversos títulos e chegou a ser uma das maiores esperanças do país em disputar o cinturão mundial. Entre seus principais feitos, destaca-se o título sul-americano dos pesos pesados, além de lutas contra grandes nomes do boxe internacional.
A carreira brilhante de Maguila trouxe orgulho ao Brasil, em um período no qual o boxe ainda buscava consolidar-se no cenário esportivo do país. Conhecido por seu carisma e sua personalidade simples, ele também fez parte do imaginário popular, aparecendo em programas de televisão e mantendo uma relação próxima com seus fãs.
No entanto, após encerrar sua trajetória no esporte, Maguila começou a lidar com os efeitos da encefalopatia traumática crônica, uma doença associada a traumas repetidos na cabeça, frequentes em esportes de contato como o boxe. A condição causou um progressivo declínio em sua saúde nos últimos anos, o que o afastou dos holofotes.
Com sua morte, o Brasil perde não só um ícone do boxe, mas também um exemplo de superação e determinação. A história de Maguila, que saiu da pobreza no interior de Sergipe para tornar-se um dos maiores pugilistas do país, inspirou gerações e ficará marcada na memória do esporte nacional.
O velório de Maguila será realizado em São Paulo, com horário e local ainda a serem definidos. O ex-pugilista deixa esposa, filhos e um legado que transcende o boxe, entrando para a história como um dos grandes atletas brasileiros.