Em busca de um sonho: Lutadora de jiu-jitsu vende água para tentar competir no mundial

Sem apoio, Carolina Viana vende água nos semáforos para conseguir recursos e competir no mundial de jiu-jitsu na Califórnia

Atleta de jiu-jitsu vende água no semáforo de Maceió (Créditos: Reprodução/Imagem-Internet)

Atleta de jiu-jitsu vende água no semáforo de Maceió (Créditos: Reprodução/Imagem-Internet)

A cidade de Long Beach, na Califórnia, sediará o campeonato Mundial de Jiu-Jitsu, e a alagoana Carolina Viana, já está sonhando com a competição. Porém, não tem apoio e os gastos da viagem são grandes, e a atleta não tem como arcar com todas as despesas. Com isso, Carolina, resolveu pegar uma economia que tinha em sua conta bancária e comprar água e gelo para vender no semáforo em Maceió.

Eu tive a ideia voltando do treino no sábado. Vi que estava muito trânsito e que dava para fazer isso [vender água]. Foi o que fiz, tinha R$ 144,00 na minha conta. Eu juntei todo o dinheiro que tinha e comprei de água e gelo. Consegui emprestado com os amigos duas caixas térmicas – explicou Carolina, que perdeu recentemente uma ajuda de custo“, disse a atleta.

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A atleta ainda disse que na empresa onde trabalha ela ganhava uma bolsa que custeava as despesas nas competições que participava. Porém, no final do ano passado a empresa deixou de repassar essa ajuda para a atleta Carolina, que não contava com isso e se viu obrigada a conseguir algo que pudesse ajudar de alguma forma nos custos que envolvem inscrição, passagem, hospedagem e alimentação.

Carolina Viana pede apoio para competir na Califórnia (Créditos: Reprodução/Internet)

Só no ano passado foram mais de 15 títulos conquistados pela atleta, entre competições nacionais e internacionais. A disputa mundial na Califórnia seria mais uma meta a ser conquistada  por ela. Essa competição internacional é algo que a atleta  sempre desejou.

Eu sempre fui muito esforçada nas coisas que eu me proponho a fazer. Algumas pessoas tratam mal, nem baixam o vidro, mas isso é exceção e eu busco nem pensar nisso. A maioria quer ajudar, muitas vezes o pessoal paga e nem quer a água. Está sendo bem legal. Acho que vale tudo por um sonho! E, se eu não fizer, ninguém vai fazer isso por mim. É o meu sonho, é o meu objetivo, e eu vou correr atrás“, disse.