A partida entre o CSA e o Murici nessa quinta-feira (31), onde o clube azulino venceu por 2 x 1, veio à tona novamente após os jogadores do Murici tentarem intimidar a assistente de árbitro, Raquel Ferreira Barbosa, em um ato de puro machismo.
As imagens que circulam nas redes sociais, registradas aos 18 minutos do segundo tempo, marcou de forma negativa o futebol alagoano.
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O árbitro da partida, José Jaini Bispo, validou o gol em uma jogada onde o goleiro Léo da equipe do Murici se chocou com o zagueiro Adalto, fazendo com que a bola sobrasse para Patrick Fabiano, que não desperdiçou a oportunidade e marcou o segundo gol que deu a vitória ao CSA. Com o gol, os jogadores do Murici foram para cima da assistente tentando intimida-la.
A assistente falou com a imprensa sobre o caso. “Eles exageraram naquela chegada até mim. Não sei se por ser mulher, eles colocaram um peso a mais, acredito que, se fosse um homem, eles não fariam aquilo. É [um comportamento] descabido porque é uma atitude antidesportiva“, disse a assistente.
Raquel é formada no curso de assistente há 10 anos e falou ainda que, em nenhum momento foi assinalado nada de falta, como falaram. “Eu corri, fiz o procedimento normal de gol, vi que o árbitro deu o gol. Agora, o que aconteceu foi que eu não corri o suficiente para mostrar a todos que estavam dentro do estádio que tinha sido gol legítimo“, disse a assistente de 29 anos, que precisou da ajuda do Bope para se proteger.