Com às denúncias do presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, a respeito da delegação mineira ter sido maltratada em sua estadia nas dependências do Estádio Rei Pelé, no confronto diante do CRB, na última quarta-feira (26/08), a diretoria do CSA se prontificou e emitiu um documento exigindo providências da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no jogo previsto para o próximo domingo (30/08), no Trapichão, contra o Galo.
A nota foi assinada pelo residente do CSA, Rafael Tenório e o vice-presidente, Omar Coelho. No documento, a diretoria azulina pede que a entidade [CBF] envie para o clássico um observador de outro Estado, além do delegado já designado para a partida.
Entre as criticas a respeito da possível conduta do CRB, está a ocupação do banco de reservas destinado ao elenco azulino, que foi ocupado pelo CRB na final do Alagoano. Além disso, outras citações foram descritas no documento.
Leia na íntegra o ofício do CSA encaminhado a CBF:
Ofício n. /2020
Maceió, 27 de agosto de 2020.
Ao Presidente da FAF, Secretário-Geral da CBF e Presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF.
Senhores,
O Centro Sportivo Alagoano vem alertar e pedir providências, para que não se repitam ações que visem desestabilizar o evento esportivo do próximo domingo, quando CSA e CRB, se enfrentarão, pela 6a Rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, nas dependências do Estádio Rei Pelé.
No último jogo do campeonato alagoano, o nosso rival criou situações não condizentes com fairplay que deve primar nas relações esportivas, principalmente, com a evolução exigida no futebol moderno.
O primeiro fato se deu quando, apesar de determinado pela FAF, veio a ocupar o banco de reservas que havia sido designado para o CSA, criando um mau-estar (sic) indesejado, haja vista que nos pegou de surpresa, quando tudo já havia sido premeditado pela entidade organizadora da competição.
O segundo, diz respeito a quantidade de integrantes da comitiva regateando (sic), naquela oportunidade, que nos fez questionar ao Diretor de Competições da FAF, Luciano Sampaio, qual critério utilizado quanto ao acesso ao estádio e ao campo de futebol.
Ontem, [quinta-feira 27/08] porém, um fato tornado público pelo Cruzeiro, após o jogo da Copa do Brasil, nos fez refletir e vir aqui, através desse ofício, pois aconteceram fatos lastimáveis para imagem do futebol alagoano, remetendo a práticas passadas, inaceitáveis para os dias atuais.
Uma delas, por sinal, recorrente, o grande número de pessoas em sua comitiva, afora outras ações, que preferimos não comentar.
O controle do acesso ao estádio e suas dependências deve ser exaustiva, a pessoa com o crachá deve se identificar e comprovar com o documento, pois quem pode saber se não está utilizando um crachá de outro, até mesmo de um atleta, uma vez que a CBF entrega apenas 42 deles às equipes?
Ao expressar a nossa preocupação, também informamos que não admitiremos tais ações, razão pela qual estamos comunicando, como sinal de alerta, para que medidas sejam adotadas, de forma impessoal e transparente, para que não tenhamos problemas, uma vez que o mando de campo é do CSA e temos por princípio o comprometimento ético e o respeito as determinações emanadas das autoridades competentes.
Portanto, solicitamos as providências que o caso requer, ou seja, que o V.Sa. encaminhe:
a) à CBF, na pessoa de seu Secretário-Geral, Walter Feldman, já requerendo que nos envie um delegado da entidade para este jogo, por se tratar de um clássico regional;
b) à Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, na pessoa de seu presidente, Leonardo Gaciba, no intuito de mandar um observador de fora do estado, além delegado já designado, pelos mesmos motivos já expostos, visando prevenir qualquer atitude que viole as regras de igualdade esportivas, segundo as formalidades legais.
Aproveitamos a oportunidade, para apresentar protesto de estima e consideração, na certeza de que nossas solicitações serão atendidas, por não ser possível pactuar-se com tudo aquilo que seja anti-esportivo, maculando a imagem do futebol brasileiro.
Cícero Rafael Tenório da Silva
Presidente Executivo
Omar Coelho de Mello
Vice-presidente
CSA x CRB — © Reprodução
