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Saiba o que já foi divulgado sobre os filmes do caso von Richthofen

Suzane Von Richthofen será interpretada por Carla Diaz. Já o papel de Daniel Cravinhos ficou com o ator Leonardo Bittencourt.

Publicado: | Atualizado em 13/03/2021 12:17


Há quase duas décadas estávamos diante de um dos maiores crimes cometidos no Brasil. No dia 31 de outubro de 2002, o casal Manfred Albert e Marísia von Richthofen foram brutalmente assassinados. O homícidio chocou a todos e se tornou mais assustador quando a filha do casal, Suzane von Richthofen, confessou ter sido a mandante do crime, o qual foi cometido por seu namorado, Daniel Cravinhos, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos.

Na época, os veículos de comunicação noticiaram sobre o mistério que envolvia o caso, bem como todo o processo, e renderam bastante audiência e sensacionalismo. Muitos se perguntavam das motivações para o crime e quais das versões dos envolvidos eram verdadeiras, uma vez que Suzane e Daniel tinham agido em conjunto, com o mesmo objetivo de ficarem juntos, mas acabaram se voltando um com o outro em suas defesas.

Após quase vinte anos do ocorrido e da prisão dos três envolvidos, ainda hoje, o caso chama bastante atenção e gera grande repercussão por todos os elementos que envolvem o crime, ao ponto de terem sido criados livros, documentários e filmes a respeito do homicídio, como é o caso dos longas “A menina que matou os pais” e “O menino que mandou matar meus pais”, que contarão em detalhes as duas versões de Suzane e Daniel.

Os filmes, protagonizados por Carla Diaz e Leonardo Bittencourt, foram anunciados em 2019, com a data de lançamento prevista para 2020, mas devido à pandemia do novo coronavírus, precisaram ser adiados várias vezes. Entretanto, a previsão mais recente é que eles sejam lançados, simultaneamente, no segundo semestre de 2021.

Saiba o que já foi divulgado sobre os filmes do caso von Richthofen.

A Menina Que Matou os Pais — © Reprodução

A Menina Que Matou os Pais — © Reprodução

Data de lançamento

Como já fora mencionado, a previsão é de que os longas sejam lançados no segundo semestre deste ano. Segundo a Galeria Distribuidora, a qual é coprodutora do filme, juntamente com a Santa Rita filmes, a estreia pode ocorrer ainda em Abril. Entretanto, isso dependerá da evolução da vacinação contra a Covid-19 em todos país.

Direção e roteiro

Os filmes foram dirigidos por Maurício Eça e rodados de forma simultânea com a mesma equipe de produção e elenco, mas contando os pontos de vista diferentes de Suzane e Daniel.

O roteiro foi realizado por Raphael Montes e Ilana Casoy, a dupla que escreveu “Bom dia, Verônica”,  que recentemente foi adaptado para uma série que vem fazendo muito sucesso na plataforma Netflix, e já teve a confirmação da segunda temporada renovada.

Elenco

O papel principal de Suzane será interpretado por Carla Diaz, a qual é uma das participantes que atualmente está confinada no Big Brother Brasil. Já o ator Leonardo Bittencourt interpretará o namorado de Suzane, o Daniel Cravinhos. Além dos protagonistas, o elenco principal também conta com a participação de Leonardo Medeiros (Manfred von Richtofen), Vera Zimmerman (Marísia von Richtofen), Allan Souza Lima (Cristian Cravinhos) e Kauan Ceglio (Andreas von Richthofen).

Em entrevista ao G1, Carla Diaz disse que assumir esse papel foi um grande desafio pra ela: “Fui educada amando meus pais. Então não entra na minha cabeça uma filha fazer isso com os próprios pais. Olhando para a história por esse ponto de vista, assumir esse papel é um grande desafio pra mim como atriz. É uma história tão trágica e tão chocante para todo mundo. Realmente acredito que histórias assim não podem ser esquecidas”.

Dois pontos de vista

Os roteiristas Montes e Casoy, após terem estudado juntos sobre o caso, encontraram similaridades nas versões dos autores do crime, mas também notaram diferenças no ponto de vista de ambos. Com isso, essas divergências, que antes seriam relatadas em único filme, fizeram com que a direção resolvesse dividi-lo.

Ou seja, a mesma história ganhou dois longas-metragens diferentes com os mesmos diretores, roteiristas e elenco. A ideia foi da Galeria Distribuidora a partir dos roteiros escritos por Raphael Montes e Ilana Casoy, que fazem parcerias em livros, séries, e, agora, em filmes.

“Primeiramente a gente imaginou um filme só. Depois a distribuidora propôs a divisão em dois filmes”, revela Ilana, criminóloga que participou das investigações e escreveu Casos de família: Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni, de 2016.

“A gente pede que as pessoas tenham o cuidado de assistir os dois. Tudo é verdade, tudo é mentira”, frisa a criminóloga.

Filmagem

Os longas foram filmados em 33 dias! A informação foi divulgada pela própria Carla Diaz no confinamento do Big Brother Brasil quando foi questionada por um dos participantes, o João, sobre o tempo de duração das gravações. “Quanto tempo você demorou para gravar?”, perguntou ele. “Gravação a gente rodou em 33 dias os dois filmes, foi corrido, mas a preparação [Carla foi interrompida]”, respondeu a atriz.

Polêmicas

Algumas das polêmicas que surgiram mediante a divulgação do filme, e que indignaram muitos dos internautas, foram que os filmes teriam sido produzidos por meio de recursos públicos, especulações sobre Suzane e Daniel receberem algo por conta dos longas, e a reprodução de um crime tão brutal.

Diante disso, a Galeria Distribuidora e a Santa Rita resolveram publicar uma nota esclarecendo esses pontos. Segundo as produtoras, estes filmes não foram produzidos com recursos públicos: “Estes filmes são produzidos 100% com investimento privado, sem verba pública”, informaram em um trecho do comunicado.

Outro trecho esclarece o ponto em que muitas especularam que Daniel e Suzane pudessem receber algo por conta de suas histórias serem retratadas nos longas. “Eles não estão envolvidos e tampouco têm contato com atores, produtor, diretor ou equipe […] Como é um caso público e a produção só se baseia nos autos do processo, sem conexão com os envolvidos, não haverá qualquer tipo de pagamento”, completa a nota.

Fora esses pontos, há aqueles que criticaram a ideia da reprodução de um caso tão brutal. “Um filme sobre o crime da Suzane Von Richthofen? Acho bizarro e triste isso. Dar ibope para uma criminosa fria que matou os próprios pais, só no Brasil mesmo”, ou “Brasil adora enaltecer criminosos”, eram alguns dos comentários que se liam nas redes sociais, conforme apresentados em uma reportagem publicada pela BBC.

Porém, também houve pessoas que elogiaram a produção e ainda questionaram o motivo dessa revolta toda não acontecer com os filmes internacionais que relatam a história de grandes crimes ou de seriais killers. Alguns dos comentários positivos foram: “O povo acha absurdo filme sobre crimes, mas Hollywood faz isso o tempo todo e ninguém reclama. Povo hipócrita que não valoriza nada do próprio país” ou “Brasileiro não só não ganha o nobel por quê brasileiro não apoia brasileiro, preferem ver gringos falando bem de coisas brasileiras do que eles mesmos falarem”.

Em entrevista à BBC News Brasil, o produtor Marcelo Braga comentou sobre o assunto: “Trata-se de um dos crimes reais mais midiáticos do Brasil e aqui não temos a tradição de produzir filmes dessa natureza […] O que nos chamou atenção é que outras dezenas de filmes gringos são bem vistos e não criam esta reação, justamente pelo Brasil não ter tradição de realizar filmes de crimes reais que aqui aconteceram e impactaram a nossa sociedade. Esta foi a diferença”.

Trailer

Confira abaixo o trailer dos filmes “A menina que matou os pais” e “O menino que matou meus pais”, divulgado em fevereiro do ano passado.

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