Frequentemente, alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro lotam grupos do WhatsApp, solicitando apoio para boicotar a TV Globo, alegando que a emissora da família Marinho é comunista e petista. Muito se fala sobre boicotar, mas, afinal, o que é fazer boicote contra uma empresa?
A palavra começou a ser usada no ano de 1891, quando mulheres americanas criaram uma “lista branca” para direcionar o consumo somente para empresas que respeitassem os direitos trabalhistas.
Em 1930, aconteceu um dos boicotes mais populares do mundo, quando Mohandas Karamchand Ghandhi liderou a “Marcha do Sal”, que procurou causar prejuízos financeiros ao Reino Unido, pois os indianos, na época, eram obrigados a comprarem produtos industrializados com preços nas alturas do país europeu, sendo proibidos de importarem de outros lugares ou mesmo produzirem na Índia, pois caso esses produtos fossem produzidos no próprio país, ficariam mais baratos.
Hoje, o termo boicote é utilizado para tentar obrigar determinadas empresas a aderirem alguma pauta social. Contudo, isso nem sempre dá certo. Poderíamos citar o boicote contra a rede Globo que não deu frutos, ou contra a Burger King, após a empresa declarar apoio a comunidade LGBTQI+.
É importante frisar que boicotar uma grande empresa é uma tarefa difícil, basta lembrarmos que a Globo é uma das maiores emissoras do mundo! Além disso, ela faz parte do Grupo Globo que engloba outros canais de grande sucesso, entre eles Sportv, GNT, Globo News, TeleCine e Futura.
Além disso, o aglomerado da família Marinho possui jornais (O Globo e Extra), canais de rádio (BH FM e Rádio Globo) e outras empresas de investimento.
Portanto, é preciso investigar profundamente a história das empresas para tentar um boicote de sucesso. Não adianta deixar de assistir a TV Globo, apenas porque ela critica Jair Bolsonaro, e continuar a acompanhar o Sportv e o TeleCine. Pois, o faturamento da família Marinho continuará crescendo firme e forte.
