Que temos curtas de extrema qualidade não deveria ser novidade para ninguém, por exemplo temos o “A barca” de Nilton Resende que participou de mostras importantes como a Tiradentes, em Minas Gerais, e ainda ficou entre as 15 melhores fotografias brasileiras do prêmio ABC, mesmo sendo tão difícil fazer cinema no Brasil e em Alagoas.
Mas é quase sempre a cena amadora que vem para romper essas barreiras e entregar arte para o mundo e usar dela para tratar de dramas atuais e reais, é o que entrega o curta “Bem próximo”. O filme de Carlos Henrique está concorrendo na categoria amador ao 4º Guarafantástico que é a “Mostra de cinema fantástico de Guarulhos”, que por conta da pandemia essa edição está acontecendo totalmente online.
O curta conta a história de uma família que vive um drama muito comum nos dias de hoje “Janete descobriu que fotos íntimas da sua filha foram espalhadas pela internet e transtornada vai em busca de justiça, porém algo muito mais sombrio se revelou. Não é fantasia que esses quase 20 minutos revelam o drama de muitas famílias e não uma drama distante, é algo que acontece todos os dias e por muitas vezes é tido como natural, acontecer.
O filme revela de forma muito “próxima” o que muitas vezes não vemos, o perigo pode morar no bairro ao lado, na casa ao lado, no quarto ao lado. Além do mais, a série de discussões ao longo do filme serve de alerta para diversas outras questões que podem e irão ajudar muitas famílias a não cometerem o mesmo erro que o filme retrata, vale muito a pena.
O seu “like” vale muito mais agora Mobilizar a população em prol do nosso cinema, é o mínimo que podemos fazer para que a arte que produzimos aqui tenha destaque também lá fora. Temos muito mais do que nossas praias para mostrar, a nossa arte é linda e quando ela está a serviço de um bem maior, como é esse problema discutido no filme, temos que dar todo apoio possível.
*Por: Paulo Canuto.
Assisto o filme.
