Após um adiamento de quase 2 anos, o longa-metragem Marighella, dirigido por Wagner Moura, será lançado em 4 de novembro, 52 anos depois da morte do guerrilheiro Carlos Marighella. O filme é baseado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães.
Interpretado por Seu Jorge, Marighella foi um político, escritor e guerrilheiro contra a ditadura militar no Brasil. Ele marcou a história por ter sido uma figura polêmica de militância e integrante do partido do PCB, além de ter atuado na luta armada, fatos que o levaram a ser um dos homens mais perseguidos na época. O seu rosto esteve estampado em muitos dos cartazes de procura.
A produção do longa focará nos últimos 5 anos do revolucionário, de 1964 até sua violenta morte em uma emboscada em 1969. Tempo em que ele comandava um grupo de jovens guerrilheiros e tentava divulgar a luta deles contra o controle militar para o povo brasileiro, o que foi dificultado por seu principal opositor, Lucio, policial que o rotula de inimigo público número 1 da ditadura, interpretado por Bruno Gagliasso.
Além de Seu Jorge e Gagliasso, os atores Adriana Esteves, Herson Capri e Humberto Carrão também compõem o elenco. Mesmo antes do lançamento no Brasil, o filme já havia passado por diversos festivais fora do país, como em Berlim, Seattle, Hong Kong, Sydney e Havana.
O filme foi adiado nesses dois anos tanto pela pandemia da Covid-19 quanto por complicações com a Ancine (Agência Nacional do Cinema). O diretor Wagner Moura chegou a afirmar em entrevista ao G1, que o filme estava sofrendo “censura” por parte do governo.
“Me angustiou muito o começo, quando o filme não estreava por uma pressão do governo. Uma má vontade da Ancine. Um episódio claro de censura”, disse ele.
A pré-estreia de Marighella está prevista para o dia 1 de novembro.
