A fusão entre o Democratas e o PSL, que pode criar o maior partido do Brasil, com oitenta e um deputados e sete senadores, e também uma forte base popular no Nordeste, já é considerada a grande mexida no tabuleiro político do país nos últimos tempos.
A agenda da fusão entre os dois partidos é tão significativa que o União Brasil já nasce com viabilidade para ocupar o lugar da terceira via.
A união será oficializada nesta quarta-feira (06/10), em Brasília, onde haverá uma grande Convenção com integrantes das executivas dos dois partidos, que aprovaram a união por unanimidade. Não teve nenhum voto contra, nem por parte do diretório do DEM e nem do PSL.
Vale lembrar que, em 2018, a maior bancada na Câmara foi a do PSL, com cinquenta e quatro deputados. Agora, a junção desses partidos leva a uma bancada com 81 deputados, além de 7 senadores e 3 ministros – Tereza Cristina da Agricultura, João Roma da Cidadania e Onyx Lorenzoni do Trabalho.
No Nordeste, que é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, com 40 milhões de eleitores, tem o presidente do Democratas, ACM Neto, uma grande força política na Bahia. Em Pernambuco, tem Luciano Bivar, que é o presidente do PSL.
Somando tudo isto, há uma história muito importante desses dois partidos no Nordeste e eles se juntam exatamente onde será a grande batalha de votos que se imagina para 2022. Do ponto de vista ideológico, o União Brasil se coloca então entre o centro e a centro-direita. Ele não se apresenta ao Brasil como partido bolsonarista, mesmo tendo alguns integrantes do Governo, mas é considerado claramente como uma opção a Lula e a Bolsonaro, uma terceira via de fato.
O partido já tem número, o 44. E já se tem uma especulação sobre qual seria a chapa para disputar a presidência da República no ano que vem. Nela, teria Rodrigo Pacheco – que atualmente está no Democratas e é presidente do Senado – na cabeça da Chapa como candidato a presidente, e o deputado do PSL de São Paulo, Junior Bozzela, especulado como candidato a vice.
O União Brasil é um partido que também nasce com R$ 160 milhões de fundo eleitoral, além de muito tempo de TV.
