A TV Gazeta de Alagoas realizou, na noite desta quinta-feira (27/10), o último debate entre os candidatos que disputam o governo do estado, Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (UB). Apesar da transmissão ter sido interrompida, por conta de problemas técnicos, os telespectadores sentiram falta de propostas para o desenvolvimento de Alagoas.
Os dois candidatos focaram em ofensas pessoais durante toda a exibição do programa. O objetivo da emissora era manter um debate dividido em quatro blocos, abordando temas livres e determinados:
- Primeiro e terceiro blocos: temas livres;
- Segundo e quarto blocos: temas determinados.
No entanto, Dantas e Cunha modificaram o rumo do debate, abordando assuntos como apadrinhamento político, operação Edema e intervenção de familiares em campanhas. O clima entre os candidatos mostrou-se alterado desde o primeiro bloco. Ataques e ofensas foram a bola da vez, e não houve propostas nos dois lados.
Durante a exibição do programa, Paulo Dantas foi questionado por Rodrigo Cunha a respeito dos valores da conta de água, que sofreram aumento nos quatro meses em que ele governou Alagoas.
“Seremos um dos primeiros Estados a universalizar o sistema de abastecimento de água e o esgotamento sanitário. E não aumentamos o preço da água, o que existem são contratos que passam por correção monetária”, respondeu o candidato.
Dantas também tentou colocar Cunha contra a parede quando o questionou a respeito do seu voto em Jair Bolsonaro (PL): “Vai assumir seu voto ou vai traí-lo novamente, tentar enganá-lo? Como já vem fazendo”.
Em resposta, o adversário afirmou que vai negociar com o governo federal, se for eleito, independente de quem vença as eleições presidenciais. “Não posso colocar a vaidade acima dos interesses de Alagoas”, disse Cunha.
Falha técnica
O debate teve que ser interrompido por uma instabilidade que obrigou a direção do programa a chamar os comerciais antes do tempo. No momento em que o candidato Rodrigo Cunha estava com a palavra, a tela dos televisores ficaram pretas, emitindo um barulho incomum.
Após a entrada dos comerciais de forma inesperada, na retomada do programa, o mediador do debate, Amorim Neto, disse que houve “falha técnica” e não concedeu detalhes a respeito do assunto.