Após bloqueio orçamentário, reitor da Ufal fala sobre ‘momento crítico’

Os valores devem ser desbloqueados em dezembro, segundo o Ministério da Economia.

Josealdo Tonholo, reitor da Ufal | Reprodução

Josealdo Tonholo, reitor da Ufal | Reprodução

Por meio das redes sociais, o reitor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Josealdo Tonholo, informou que a instituição teve R$ 4,8 milhões bloqueados pelo Governo Federal, somados ao corte ocorrido em junho deste ano.

“Ontem recebemos um comunicado do Ministério da Economia e do Ministério da Educação anunciando mais um bloqueio orçamentário da nossa universidade. Dessa vez, de R$ 4,8 milhões, que se somam aos cortes que nós já tivemos nesse pífio orçamento de 2022”, disse o reitor em vídeo compartilhado nas redes sociais.

Ainda segundo segundo o reitor, a universidade deve continuar em funcionamento neste ano, mas não sabe como estará as despesas em 2023.

Universidade Federal de Alagoas (Ufal) | © Assessoria

O Governo Federal contingenciou R$ 2,4 bilhões do orçamento do MEC (Ministério da Educação) de 2022. O bloqueio é referente à ordem discricionária, isto é, valores extras encaminhados para as Universidades Federais aplicarem em possíveis imprevistos. O valor, no entanto, não se refere às despesas obrigatórias das instituições de ensino.

O contingenciamento foi publicado, na última sexta-feira (30/09), no Decreto 11.216. Além do MEC, o corte atinge outros ministérios. O valor é somado com os cortes de R$ 1,34 bilhões ocorridos em julho e agosto deste ano, com R$ 1,059 ocorrido em setembro.

O total bloqueado para as instituições de ensino somam R$ 328,5 milhões. Ao todo, desde o início do ano, as universidades sofreram bloqueios discricionários na ordem de R$ 763 milhões.