Dízimo: Igreja Universal recebeu R$ 72 milhões de acusado de liderar esquema de pirâmide

O homem foi preso pela Polícia Federal e teria movimentado mais de R$ 2 bilhões no esquema.

Igreja Universal - @Reprodução

Igreja Universal - @Reprodução

A Igreja Universal do Reino de Deus, do Bispo Edir Macedo, se antecipou no caso em que um ex-pastor foi preso, acusado de ser o líder de um grupo criminoso  que prometia lucros a quem investisse em seu esquema de pirâmide com criptomoedas, e encaminhou à Justiça detalhes das doações que a instituição religiosa recebeu de Glaidson Acácio dos Santos, fundador da GAS Consultoria Bitcoin.

Segundo documentos enviados à Justiça pela própria igreja, Glaidson doou cerca de R$ 72,3 milhões, entre maio de 2020 e julho de 2021, para uma filial da instituição na cidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

O valor que a IURD afirma ter recebido de seu ex-pastor é o dobro do que a Receita Federal conseguiu rastrear. Em um levantamento, o órgão apontou que o acusado realizou transferências entre 2018 e 2020, na ordem de R$ 29 milhões.

Os valores doados por Glaidson à Igreja Universal eram enviados através de transferências bancárias, como dito pela própria igreja em nota.

“Apesar da aparente justificativa, os valores das operações passaram a chamar muita atenção: nos últimos 14 meses, Glaidson efetuou transferências da ordem de R$ 12.813.000,00, enquanto a empresa G.A.S. doou R$ 59.490.000,00”, diz o documento.

O homem segue preso pela Polícia Federal, e segundo as investigações, ele movimentou bilhões em pouco mais de dois anos.