Com pandemia, mais de 1 mil lojas foram extintas em Alagoas no 2° trimestre

Taxa de fechamento de empresas no Estado é a segunda maior registrada no país. Percentual de extinção de empreendimentos foi de 13,2%

Pandemia levou ao fechamento de mais de mil lojas no 2º trimestre em Alagoas — © Marcos Serra Lima/G1

Pandemia levou ao fechamento de mais de mil lojas no 2º trimestre em Alagoas — © Marcos Serra Lima/G1

Um levantamento divulgado nessa terça-feira (25/08), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), revela que com a crise provocada pelo novo coronavírus, Alagoas passou a ser o segundo Estado com 2ª maior taxa de fechamento de empresas do país.

Os números mostram que, entre abril e junho deste ano o Estado fechou 1,21 mil pontos comerciais, o que equivale a 13,2% do total de negócios existentes, perdendo apenas para o Rio Grande do Norte, que lidera o ranking, com um índice de 14,3% – o que representa a extinção de mais de 1,21 mil empreendimentos.

Em seguida aparecem Roraima -12,0% – e Rondônia -11,8%, ambos na região Norte do país. Em termos absolutos, São Paulo aparece com o maior volume de empreendimentos comerciais fechados no segundo trimestre, com 40,43 mil registros, seguido de Minas Gerais – 16,13 mil lojas fechadas – e Rio de Janeiro -11,37 mil.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que a crise do setor coincidiu com a edição de diversos decretos estaduais e municipais que restringiram total ou parcialmente a circulação de consumidores em estabelecimentos comerciais, devido à pandemia.

O saldo negativo no segundo trimestre equivale a 10% do número de estabelecimentos comerciais verificado antes da pandemia e supera a perda anual registrada em 2016, quando 105,3 mil empreendimentos comerciais encerraram suas atividades no Brasil.

Apesar de nenhum ramo do varejo ter registrado expansão do número de pontos de venda entre abril e junho, os segmentos mais atingidos pela crise se caracterizam pela predominância na comercialização de itens considerados não essenciais, como lojas de utilidades domésticas – que perderam 35,3 mil estabelecimentos – vestuário, tecidos, calçados e acessórios (34,5 mil lojas extintas), e comércio automotivo, que fechou 20,5 mil unidades.

Entre abril e junho deste ano o Estado fechou 1,21 mil pontos comerciais, aponta estudo — © Ailton Cruz