Brasil pode se tornar avalista de empréstimo de R$ 35 bilhões do Brics para a Argentina

O assunto levanta preocupações sobre a possibilidade de os brasileiros acabarem pagando a conta caso a Argentina não honre o compromisso.

Dilma em seu discurso de posse, em Xangai, China | © TV Brasil

Dilma em seu discurso de posse, em Xangai, China | © TV Brasil

A Argentina busca um empréstimo de US$ 7 bilhões (R$ 35 bilhões) junto ao Banco do Brics, e, segundo informações reveladas pela imprensa no país, o Brasil seria o avalista dessa operação. A jogada levanta preocupações sobre a possibilidade de os brasileiros acabarem pagando a conta caso a Argentina não honre o compromisso.

Aproveitando o período em que Dilma Rousseff ocupa a presidência do banco, o governo argentino teria visto uma oportunidade para buscar o empréstimo. A imprensa argentina sustenta a narrativa de que o Brasil seria o fiador do empréstimo, enquanto a Argentina tem pressa em obter uma solução antes das eleições de outubro.

A possibilidade de o Brasil se tornar o avalista de um empréstimo bilionário da Argentina gera preocupações, uma vez que o governo argentino enfrenta uma grave crise econômica, tendo inclusive declarado falência. A incerteza sobre a capacidade da Argentina de honrar seus compromissos financeiros aumenta os temores de que os brasileiros acabem arcando com a dívida.

Para evitar esse caos instalado com a informações, a ex-presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estudam a possibilidade de incluir a Argentina como país associado ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco dos Brics.

Essa proposta tem como objetivo permitir que o país argentino tenha acesso aos financiamentos disponibilizados pelo NBD, que atualmente são restritos aos países membros. Recentemente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que a pasta esta trabalhando “dia e noite para Apoiar a Argentina”.

“No Ministério da Fazenda, trabalhamos dia e noite para apoiar a Argentina. E acredito firmemente que o Novo Banco de Desenvolvimento é parte da solução”, disse o ministro.