Alagoas é o estado com menos fraudes no Programa Bolsa Família

Em Alagoas, apenas três famílias recebiam os benefícios indevidamente do Programa

Alagoas registra o menor índice de fraudes no Bolsa Família — © Reprodução/Internet

Alagoas registra o menor índice de fraudes no Bolsa Família — © Reprodução/Internet

Um levantamento recente do Ministério da Cidadania mostrou que o estado de Alagoas foi o que menos registrou fraudes no programa Bolsa Família, isso comparado com outros estados do Nordeste. No entanto, o Ministério recuperou cerca de R$ 377,4 mil de 299 beneficiários do Bolsa Família na região. Esses, estavam recebendo o benefício de forma indevida.

Em Alagoas foi recuperado apenas R$ 2.231,20 de um montante de R$ 45.489,00 que já foram pagos. Este valor corresponde aos benefícios de três famílias que já não atendiam mais aos critérios de elegibilidade do programa. Com isso, Alagoas é o estado que menos foi encontrado fraudes no beneficiários.

Segundo o economista Felippe Rocoha, existem pessoas que burlam o sistema e conseguem ser beneficiado com os recursos do programa.

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Apenas três famílias, ou seja, em média R$ 743. Existem pessoas que burlam o sistema e conseguem receber indevidamente, isso é uma corrupção – vale ressaltar que não tem nada haver com o governo federal. São pessoas físicas que fazem isso, criam documentos etc. para receber um valor irrisório que não excedem mais de R$ 350. Essa quantia serve de alento para quem realmente precisa. Isso é um valor que não tem nada haver com luxo. É um valor que dá para o básico. É positivo que o governo tenha recuperado essa parte, no entanto, em nada muda o cenário alagoano. Acho mesquinho da parte de quem burla o sistema sem necessitar realmente do projeto.”

Entre os estados do Nordeste, Bahia assume a liderança como o estado que mais pagou indevidamente os valores, com aproximadamente 81 beneficiários, o valor recuperado no estado foi de R$ 108.306,57. Em seguida aparece Pernambuco com 94 beneficiários e um valor de R$ 104.214,7899.

Lei a nota na integra 

Para o ministro da Cidadania, Osmar Terra, a inciativa mostra o empenho do Estado em combater as irregularidades e garantir que os recursos cheguem a quem realmente precisa. “É uma mudança na conduta em relação ao Bolsa Família, embora no universo do programa não seja uma quantidade muito grande. É uma ação educadora, inclusive, mostrando para a população que esse dinheiro é para ser aplicado em favor dos mais pobres”, avalia. Terra lembra ainda que o governo federal realiza todos os meses o cruzamento de informações com diversas bases de dados do governo federal.

As famílias que não apresentaram defesa e não pagaram a Guia de Recolhimento da União (GRU) serão incluídas na Dívida Ativa da União e impedidas de ingressar no Bolsa Família, mesmo cumprindo os demais critérios de elegibilidade. Se ainda estiverem dentro do perfil, as famílias que quitaram o débito poderão ser selecionadas para retornar ao programa após um ano.

*com assessoria