Às vésperas do 20/11, Sérgio Camargo reforça ataques ao Dia da Consciência Negra

O presidente da Fundação Palmares voltou a criticar artistas negros como Djavan e Zezé Mota.

Sérgio Camargo e Jair Bolsonaro

Nesta quarta-feira (17/11), o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, que é radicalmente contra a celebração do Dia da Consciência Negra, começou o dia em seu Twitter escrevendo: “Faltam três dias para dia da consciência da dor negra. 20 de novembro”.

O texto foi rapidamente encarado como um insulto por membros de movimentos negros. O que se seguiu a partir daí, nas redes sociais de Camargo, foram ataques a negros famosos, como o alagoano Djavan e a atriz Zezé Mota, os quais ele chamou de “pretos vergonhosos”.

“Nunca falam de honra e capacidade de vencer pelo esforço. Propagam que a pele negra nos torna pessoas inferiores, sofredores por natureza e dependentes de cotas e esmola estatal. Esses artistas querem o fracasso do negro e submissão à pauta vitimista. Pretos vergonhosos, sim!”, escreveu o presidente da Palmares.

Por fim, Camargo declarou que preto que trabalha e tem a mente saudável não vê racismo no Brasil.

“O militante racial pensa tanto em racismo, dia e noite, que acaba atraindo racismo para si mesmo, embora sempre fictício. Vê fantasmas racistas em cada esquina. Não acontece com o preto que trabalha e tem a mente saudável”, disse ele.

Diferente dos outros presidentes da instituição, Camargo já disse que não irá subir a Serra da Barriga no dia 20 de novembro, e defende que se tire o nome Palmares da fundação, e que em troca, ela seja chamada de Fundação Princesa Isabel.