Uma quebra no sigilo telefônico de Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos, apontou que ela recebeu pelo menos quatro ligações do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), um dos principais defensores do governo Bolsonaro na CPI da Covid-19 e maior defensor do tratamento precoce no Senado.
As ligações foram registradas antes de “estourar” o escândalo da compra da vacina Covaxin, denunciada pelos irmão Miranda, cujo contrato para a compra de 20 milhões de doses já contava com o empenho de R$ 1,6 bilhão do Ministério da Saúde.
Emanuela Medrades foi ouvida na CPI no dia 14 de julho, e durante a oitiva, foi questionada também por Heinze, que não falou na ocasião se já conhecia a diretora.
Segundo a Folha, o senador disse que não sabe dizer se ligou ou não para ela, pois não se lembra.
“Eu ligo pra tanta gente. São 200 ligações por dia. Não me lembro. Cada dia, passam 300 pessoas pelo meu telefone. Deixa eu olhar e lhe retornar”, disse o parlamentar.
