Senado instala CPI da Braskem para investigar afundamento de solo em Maceió

A CPI tem 120 dias para conduzir suas investigações.

Renan Calheiros e Rodrigo Pacheco | © Reprodução

Renan Calheiros e Rodrigo Pacheco | © Reprodução

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem foi oficialmente instalada no Senado Federal, marcando mais um passo na investigação do afundamento de solo ocorrido em Maceió (AL) nos últimos anos.

O presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), demonstrou sua contrariedade em relação à CPI em diversas ocasiões, mas a pressão política e o requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que por sinal apoiou o presidente durante as eleições passadas em Alagaos, foram determinantes para a sua efetivação.

O foco da CPI da Braskem é apurar as circunstâncias que levaram ao afundamento do solo na capital alagoana, evento atribuído à mina de extração de sal-gema operada pela empresa Braskem.

O governo Lula, ciente das possíveis repercussões, empreendeu esforços para evitar que tal comissão fosse executado, temendo conflitos com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em seu reduto eleitoral.

A resistência do presidente não foi suficiente para impedir de Renan Calheiros de continuar com a instalação da CPI, que contará com o senador Omar Aziz (PSD-AM) na presidência e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente.

O senador Renan Calheiros, autor do requerimento que propôs a criação da comissão, exerceu papel crucial para superar as objeções e garantir o respaldo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), possibilitando assim o início das investigações.

A CPI da Braskem terá um prazo de até 120 dias para conduzir suas investigações, podendo ser prorrogado conforme necessário. Cabe ressaltar que o período de investigação será interrompido durante o recesso legislativo, que terá início em 23 de dezembro.

Lista completa de membros da CPI da Braskem:

Titulares:

Suplentes: