Coronavírus

O que é Omicron, nova variante que aterroriza a África

Dentro da comunidade científica, há o temor de que a variante que assola a África possa ser "a pior já existente".

Publicado: | Atualizado em 27/11/2021 11:53


A variante Ômicron tem preocupado cientistas por ter muitas mutações que podem conferir vantagens ao vírus | © Josué Damacena/IOC/Fiocruz
A variante Ômicron tem preocupado cientistas por ter muitas mutações que podem conferir vantagens ao vírus | © Josué Damacena/IOC/Fiocruz

Nesta semana, o anúncio de uma nova variante do coronavírus tem preocupado as autoridades da saúde do Brasil e de todo o mundo. Trata-se da Omicron, registrada pela primeira vez na África do Sul, e que possui um risco maior de reinfecção pela Covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS considera essa variante como “preocupante”. Além da África do Sul, a cepa já foi identificada em Israel, Bélgica, Hong Kong e Botsuana. Entretanto, segundo a organização, os casos parecem estar aumentando em todas as províncias da África.

Por esse motivo, foi recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que o Brasil fechasse as fronteiras aéreas para seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini.

Conforme anunciou o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o objetivo é “mitigar ou atrasar ao máximo” a chegada da nova variante ao país.

Veja abaixo o que já se sabe sobre a nova variante Omicron.

Variante de preocupação

A Omicron é considerada uma “variante de preocupação”, termo que é usado para descrever as novas variações do coronavírus que apresentem riscos à saúde pública. O mesmo foi usado para descrever as variantes delta, gamma, alpha e beta. Dentro da comunidade científica, há o temor de que a variante que assola a África possa ser “a pior já existente”.

50 mutações

A OMS destacou que a Omicron “tem um alto número de mutações, algumas das quais preocupantes”, motivo pelo qual ela tem causado tamanha preocupação às autoridades de saúde. Segundo professor Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação da África do Sul, foram localizadas 50 mutações no total.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, disse Oliveira.

Vírus podem fazer cópias de si mesmos para se reproduzir, mas não são perfeitos nisso. Por isso, podem ocorrer erros, que resultam em uma nova versão ou “variante”. Quanto mais o coronavírus faz cópias dele mesmo em nós, mais oportunidades existem para que as mutações ocorram.

Mais transmissível e resistente ao sistema imunológico

Cientistas temem que a nova versão Omicron seja mais transmissível e engane e resista com mais facilidade ao sistema imunológico, o que significa que isso pode gerar mais infecções e, consequentemente, aumentar as internações e as mortes, e as vacinas disponíveis hoje possam ser menos eficazes contra ela.

Esse fato está inteiramente ligado ao alto número de mutações da nova variante.

Resultado da baixa taxa de vacinação

Segundo a comunidade científica, o surgimento da variante deve-se ao fato da baixa taxa de vacinação na África do Sul. No país, apenas 23,5% da população está completamente vacinada, segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Segundo a BBC, o programa de vacinação da África desacelerou nos últimos meses, mas não por falta de suprimentos, e sim devido à indiferença pública.


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