O aplicativo TrateCov, mencionado pelo relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, senador alagoano Renan Calheiros (MDB), foi um dos assuntos mais discutidos pela imprensa nacional na manhã desta quinta-feira (20/05).
A plataforma foi desenvolvida com a finalidade de ajudar os profissionais da área da saúde a coletarem informações que pudessem levar ao tratamento precoce da Covid-19. O app foi inicialmente criado para médicos e exigia algumas informações sobre cada paciente, como:
• Nome completo;
• Data de nascimento;
• Peso;
• Altura;
• Sexo;
• Telefone de contato.
Além disso, o aplicativo exigia o preenchimento de informações a respeito dos sintomas da Covid-19 e quando eles iniciaram nos pacientes. Em casos de pessoas com comorbidades, o próprio app listava as principais doenças.
O TrateCov foi mencionado na relatoria tanto por sugerir uma lista de medicamentos para o tratamento precoce do coronavírus quanto por ter sido lançado em Manaus ainda em fase de teste, o que não era permitido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Na ocasião, Manaus passava por um colapso no sistema de saúde, com superlotação e falta de oxigênio nos leitos de UTI.
O formulário foi descoberto e passou a ser utilizado por brasileiros para testes fictícios em perfis diferentes. Na maioria dos testes, realizados dentro da plataforma, o paciente era orientado a utilizar os seguintes medicamentos no tratamento precoce do vírus: Ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina, sulfato de zinco, doxiciclina, zinco e dexametasona.
As alterações no tratamento, na maioria dos casos, aconteciam apenas nas dosagens dos medicamentos indicados.
Durante a CPI da Covid-19, nesta quinta-feira (20/05), o ex-ministro, Eduardo Pazuello, mencionou mais uma vez que o aplicativo teria sido roubado por um hacker e disponibilizado na internet.