CPI: Médica afirma que vacina contra a Covid-19 não era necessária

Nise Yamaguchi disse que a vacina contra a Covid-19 é a única opção contra a doença, mas que não devia ser aplicada desta forma.

Nise Yamaguchi durante CPI da Covid – © Sérgio Lima/Poder360

Nise Yamaguchi durante CPI da Covid – © Sérgio Lima/Poder360

Durante depoimento à CPI da Covid-19, a médica e oncologista Nise Yamaguchi negou a existência de um “ministério paralelo” ao da Saúde vir orientando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Nise afirmou ser uma “colaboradora eventual”, que estava junto com o ministro da Saúde em reuniões governamentais e específicas, realizadas em setores do Ministério da Saúde.

– Faço questão de trabalhar com as regulamentações, inclusive com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], com o Parlamento, sempre contribuí com todos – destacou a doutora.

Sobre as informações da depoente, o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB), questionou as visitas não oficiais que a médica realizou ao Ministério da Saúde no dia 6 de abril, 10 de junho, 12 de junho, 2 de julho e 30 de dezembro de 2020.

Em resposta, Nise afirmou que as datas questionadas pelo relator precisariam ser checadas, mas confirmou que no dia 6 de abril houve uma reunião onde foi discutido o tratamento precoce para a Covid-19.

Tensão na CPI:

Durante o depoimento da médica, houve um bate-boca entre o presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), e a depoente. O motivo foi por ela defender o tratamento precoce contra a Covid-19, afirmando que não seria necessária a vacinação da população. Na ocasião, Omar pediu que os brasileiros desconsiderassem as declarações da médica.

– Quem está nos vendo neste momento, eu peço que desconsidere essas questões que ela disse aqui em relação à vacina. Desconsidere o que ela está dizendo em relação à vacina, ela não está certa – declarou Aziz.