Covid: Aumento de casos acende alerta para descontrole da pandemia em Alagoas

Segundo o relatório da Ufal, considerando os últimos quatorze dias, a incidência de casos praticamente dobrou em Maceió, saindo de 145 para 278 novos casos entre a 44ª e 46ª, respectivamente.

Pessoas usando máscara se prevenindo contra o novo coronavírus — © Reprodução

Pessoas usando máscara se prevenindo contra o novo coronavírus — © Reprodução

Relatório do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), confirmou aumento no número de casos da doença nas cidades de Maceió e Arapiraca. A Ufal alertou ainda para a possibilidade de descontrole da pandemia em Alagoas.

Divulgado nessa segunda-feira (16/11), o documento revela que, considerando os últimos quatorze dias, a incidência de casos praticamente dobrou em Maceió, capital alagoana, saindo de 145 para 278 novos casos entre a 44ª e 46ª, respectivamente.

“Se pensarmos no comportamento do início da pandemia, estamos vendo algo similar. Novamente os casos estão surgindo (agora estão aumentando) primeiro em Maceió. Se seguir o que ocorreu na primeira onda, daqui se espalha para o resto do estado”, explicou o coordenador do Observatório, o pesquisador Gabriel Bádue.

O relatório também destacou a continuidade na queda do número de mortes no estado. O comportamento, segundo os pesquisadores, no entanto não está sendo reproduzido na capital, onde o número de óbitos nas últimas cinco semanas é constante.

“O número de óbitos está estacionado há cerca de cinco semanas em Maceió. Quando se espera, quando há melhora, que esse número caia”, frisou Bádue, acrescentando que o cenário da pandemia do novo coronavírus em Alagoas após a 46ª SE sinaliza para a importância da continuidade das medidas de controle.

“O Estado deve garantir a execução de estratégias para identificar, isolar e rastrear contatos a fim de evitar o surgimento de novos focos que poderão causar novas ondas epidêmicas; contenção de surtos em locais de alta vulnerabilidade, como abrigos e prisões); e monitoramento de riscos externos, que tendem a aumentar com a chegada da temporada de férias e o aumento da circulação de pessoas, principalmente nas regiões turísticas do estado”, trouxe o documento.

Arapiraca

O município de Arapiraca, segundo maior do estado, também apresenta uma tendência de aumento de casos quando comparadas as últimas quatro ou cinco semanas, conforme o Observatório da Ufal.

“Outra característica de agora, em comparação com o primeiro semestre, é que Arapiraca registrou nas últimas semanas uma incidência de casos maior que de Maceió, em relação às populações. Isto torna o risco de descontrole por todo o estado ainda maior”, alertou Gabriel Bádue.

Paciente internado com coronavírus — © Imagem ilustrativa