‘2ª onda está chegando’ e será preciso abrir mão do que se gosta, alerta OMS

Entidade demonstrou preocupação com o início do inverno na Europa e América do Norte.

Nessa segunda (19), OMS afirmou que mundo pode estar na segunda onda da pandemia — © Fabrice Coffrini/AFP

Nessa segunda (19), OMS afirmou que mundo pode estar na segunda onda da pandemia — © Fabrice Coffrini/AFP

“A segunda onda está chegando”. O alerta veio do diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, nessa segunda-feira (19/10), que afirmou durante entrevista coletiva que mundo pode estar na segunda onda da pandemia do novo coronavírus.

Mike também lembrou da Ásia, onde alguns países têm registrado aumento nas infecçõe. “Quando vemos a Ásia, vemos que países que foram pouco afetados na primeira onda estão sendo mais afetados agora”, alertou o diretor de emergências da OMS, ao afirmar que o mundo está entrando em uma segunda onda.

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus demonstrou preocupação com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, em especial na Europa e nos EUA. “À medida que o Hemisfério Norte entra no inverno, vemos os casos se acelerarem, principalmente na Europa e na América do Norte”, afirmou.

A líder técnica, Maria van Kerkhove, afirmou que “não há uma a segunda onda inevitável”, mas lembrou que, neste momento da pandemia, os países e os sistemas de saúde já sabem o que fazer e como achatar a curva de transmissão nas comunidades.

“Este vírus opera em clusters e precisa das pessoas para se propagar”, lembrou van Kerkhove, pedindo que os países evitem eventos coletivos e reuniões presenciais, principalmente em lugares fechados. “Temos que estar preparados para abrir mão do que gostamos neste momento [para conter a segunda onda]”, completou Ryan.

A OMS reforçou que os sistemas de saúde testem todos os casos suspeitos, rastreiem os contatos e isolem por 14 dias os infectados. Kerkhove frisou que as pessoas infectadas devem ficar em quarentena fora de casa, caso vivam com outras pessoas, e por 14 dias. “Isso significa não sair de casa, não ir trabalhar, não receber visitas.”

*com Agências

Paciente morto com coronavírus — © Imagem ilustrativa