Moradores de um condomínio na Serra, no Espírito Santo, tomaram um susto na noite da última segunda-feira (10/08), quando uma mulher com o corpo em chamas, apareceu na entrada do edifício e se debatia para apagar o fogo. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a jovem saiu gritando pedindo socorro. [confira o vídeo no final da reportagem]
A mulher que aparece no vídeo é a modelo Katiuscia Silva Mota, de 31 anos. Ela está internada no Hospital Jayme Santos Neves, unidade referência no tratamento de queimados, e ainda não esclareceu para os familiares como teve o corpo tomado pelo fogo.
A jovem teve praticamente 40% do corpo queimado. As chamas atingiram o cabelo, as nádegas, perna direita e também parte do braço. Assim que o fogo foi controlado, os moradores acionaram imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A gravação mostra que por volta das 18h58, uma mulher de blusa azul sai do prédio. Segundos depois, aparece um outro morador. Logo em seguida, a vítima surge com o corpo coberto por chamas e os dois moradores tentam abrir a porta de vidro, que tranca automaticamente, para salvar a vítima.
Juntas há 4 anos, a namorada da modelo – que não teve o nome divulgado – disse que as duas tiveram uma discussão motivada por ciúmes momentos antes do vídeo. Na briga, Katiuscia teria quebrado parte do material de trabalho dela, que é inflamável. Na ocasião, o produto teria caído nas duas.
Ela também negou ter ateado fogo na modelo. “Ela pegou o meu material, que é inflamável, e jogou no chão. O líquido acabou caindo nela e em mim. Perguntei se ela ia colocar fogo em nós e tentei jogar fora o isqueiro, mas ela pegou. Na terceira tentativa, acabou incendiando”, disse.
Investigação
Abalada com a situação, na terça-feira (11/08), a mãe de Katiuscia afirmou não acreditar na versão apresentada pela companheira da filha e garantiu que pedirá para o caso ser investigado pela Polícia Civil. Marilza Silva Mota, de 50 anos, aguarda a jovem melhorar para ouvir explicação da filha.
“Ela está um pouco confusa, falou que tinha algo molhado e um cigarro e, de repente, quando viu, a porta estava trancada e ela não conseguiu sair. O pouco que fala, pergunta do cabelo, sobre o filho de 12 anos. Cheguei a perguntar sobre o que teria acontecido”, contou.
Em nota enviada à imprensa, a Polícia Civil não soube informar se algum boletim de ocorrência foi registrado sobre esse caso, já que “as vítimas podem registrar o boletim em qualquer delegacia física, ou, ainda optar pelo registro online”.
“A Polícia Civil informa que caso a vítima tenha sofrido queimaduras proveniente de sua companheira, que registre a ocorrência podendo comparecer pessoalmente a uma delegacia ou realizar o registro por meio da Delegacia Online, https://delegaciaonline.sesp.es.gov.br , para que a Polícia Civil tome ciência do caso e inicie as investigações”, conclui a nota.
Confira o vídeo:
