O ciclone que atingiu diversas cidades do Rio Grande do Sul deixou casas destruídas, pessoas desalojadas, e também mais de 40 mortos. Dentre as vítimas fatais, está Evandro Bertoldi, de 68 anos, que morreu ao tentar salvar um cachorro que estava se afogando, na enchente que atingiu a cidade de Muçum. A informação foi dada pelo filho dele.
“Fiquei sabendo por populares que ele estava na casa do vizinho e viu um cachorrinho, se afogando. Como ele gosta de animais, foi tentar socorrer o cachorro e não voltou”, afirmou Leandro, o filho da vítima, ao G1.
Leandro, que não conseguiu mais contato com o pai a partir do início do ciclone, precisou ir até o Departamento Médico Legal de Porto Alegre para identificar o corpo. Ele contou que estava em Roca Sales, vizinha de Muçum, dando apoio aos familiares.
Ao chegar na cidade onde o pai morava, foi comunicado da morte dele através do vizinho. “Cheguei lá e estava encostada a carreta para carregar os corpos”, lembrou. “Não desejo para ninguém. Tenho uma irmã, a Gabriela. Ela está em pânico. Só sobramos eu e ela”, disse.
Leandro também disse que sua filha está muito abalada, porque tinha marcado com o avô de acompanharem uma cavalgada. “A minha filha só chora. Ela tinha combinado com o meu pai. Ia chegar uma cavalgada lá no município, e ele ia lá ver com ela”, contou.
O governador do estado do RS, Eduardo Leite (PSDB-RS), decretou estado de calamidade pública após os estragos deixados pelo ciclone. “Estamos mobilizados para resgatar as vítimas e reconstruir tudo que foi destruído pela tempestade”, disse Eduardo Leite em coletiva de imprensa.
