A secretária de Saúde de São Simão, em São Paulo, Laize Helena Peixoto, está sendo investigada por contratar uma benzedeira para “proteger” o tio e prefeito do município, Francisco Assis Peixoto (PSDB), que responde por envolvimento em casos de abuso sexual infantil.
De acordo com o delegado Márcio, a mulher teria encomendado um trabalho espiritual para matar autoridades que apuram denúncias contra o gestor. Ele esclarece que a prática religiosa não é crime, mas que o caso pode ser considerado como ameaça e dano moral.
Nesta quinta-feira (5), foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa e também no gabinete da funcionária pública. Nos locais, os policiais apreenderam notebooks, aparelho celular, agenda e anotações, a fim de apurar a existência de outros crimes que a mulher tenha cometido ou estaria tentando cometer.
Além disso, foram encontrados objetos que seriam utilizados para a execução do trabalho espiritual, como dois caixões em miniatura, um boneco conhecido como “vodu”, uma cabeça feita de vela, bem como uma folha de caderno com os nomes das pessoas que ‘deveriam morrer’.
“Tem gente que está com o nome na lista e teve diarreia, passou mal, teve crise de pressão alta. Para essas pessoas, pode ser considerado grave ameaça”, explica o delegado. Segundo ele, no momento das buscas, a secretária pediu desculpas e disse que procurou a cartomante em um momento de fraqueza.
Aos policiais, a benzedeira explicou que a cabeça representava a cabeça do delegado da cidade e que ela seria ‘arrancada de seu pescoço’, para provocar a morte do investigador. No total, oito pessoas já procuraram as autoridades para denunciar que teriam sido vítimas de assédio sexual pelo prefeito.
Posse de prefeito de São Simão no dia 1º/1 contou com autoridades religiosas | © Reprodução/Facebook
