O episódio em que o ex-secretário de Turismo da Prefeitura de Maceió, Ricardo Santa Ritta, foi acusado de fazer apologia ao nazismo, em junho deste ano, pautou uma reportagem especial do site Agência Senado, o portal de notícias do Senado Federal.
A reportagem foca no crescimento da apologia ao nazismo no Brasil e usa o episódio de Santa Ritta como exemplo.
Na ocasião, o ex-secretário municipal usou seu perfil em uma rede social, para comentar o episódio em que um adolescente foi expulso de um shopping, na cidade de Caruaru, em Pernambuco, por estar usando uma suástica nazista em seu braço. Santa Ritta escreveu: “Pensava que a liberdade de expressão existisse”.
Os internautas rapidamente propagaram que ele estava tentando defender o uso de símbolos nazistas como sendo “liberdade de expressão”, e poucas horas depois esse se tornou o assunto mais comentado no Twitter.
A frase culminou em sua demissão do governo municipal e a sua expulsão do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
O advogado Luiz Kignel, que é presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, compara:
— Quando um indivíduo decide sair em público vestindo a camiseta de um time de futebol, ele está deixando claro, sem precisar dizer uma só palavra, que admira aquele time, que o respeita, que o apoia, que concorda com ele. A mesma coisa acontece quando um indivíduo ostenta algum símbolo nazista. Um ato desses não é inocente. Os símbolos do nazismo trazem consigo as ideias de intolerância, ódio, racismo e extermínio do outro, que não podem ser admitidas.