O governo do Acre confirmou que a rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, localizado em Rio Branco, chegou ao fim, resultando em cinco mortes. As autoridades agora estão em processo de identificação dos corpos.
Um comunicado oficial divulgou: “Confirmamos a informação de que houve cinco mortes e que as polícias técnica e judiciária já estão no local para fazer o processo de identificação dos corpos”.
De acordo com o Gabinete de Crise do Sistema Integrado de Segurança Pública do Estado, o policial penal que estava sendo mantido como refém pelos detentos foi libertado. Após ser solto pelo grupo criminoso, o agente foi encaminhado ao pronto-socorro da cidade.
Mais cedo, o Gabinete de Crise havia informado que as negociações no presídio tinham sido retomadas, e o processo de rendição dos rebelados foi iniciado.
“O policial penal que foi feito refém na quarta-feira e um detento faxineiro foram liberados, graças ao trabalho de mediação de conflito que vem sendo realizado pelo estado, em parceria com o Ministério Público. Uma equipe do Samu se encontra de prontidão no presídio, oferecendo todo o suporte de saúde necessário aos dois”, diz trecho de nota.
As forças de segurança atuantes no presídio incluem o Grupo Penitenciário de Operações Especiais (Gpoe) da Polícia Penal e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar.
O secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, anunciou que uma equipe da Secretaria Nacional de Políticas Penais deve chegar ao estado ainda nesta quinta-feira.
O objetivo é avaliar o cenário e tomar as providências necessárias para evitar desdobramentos da rebelião. O governo acreano está conduzindo uma investigação para apurar todas as causas da rebelião no presídio.
A Rebelião:
O motim no presídio teve início na manhã de quarta-feira (26/7). O movimento foi iniciado por presos do pavilhão de isolamento, ocorrendo enquanto 20 policiais penais estavam em serviço de segurança no local.
Durante a rebelião, um dos agentes foi feito refém e sofreu um ferimento leve por um tiro de raspão no rosto, sendo posteriormente encaminhado ao pronto-socorro da cidade. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) relatou que, pelo menos, 13 detentos participaram do motim.
Diante da situação, o governo do Estado do Acre, através da Sejusp, instalou um Gabinete Institucional de Crise com o objetivo de implementar medidas e respostas rápidas, conforme informado em nota oficial.
Na mesma data, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ofereceu o auxílio da Força Nacional para conter a rebelião no presídio de segurança máxima do Acre.