‘Queria presenteá-la’, diz homem que tentou fazer prova do Detran no lugar da mãe

Mecânico de Porto Velho foi preso no dia da prova por tentativa de estelionato e falsidade ideológica

Heitor tentou fazer prova do Detran no lugar da mãe — © Diêgo Holanda/G1

Heitor tentou fazer prova do Detran no lugar da mãe — © Diêgo Holanda/G1

Porto Velho — Ainda com as marcas de esmalte nas unhas das mãos, o mecânico Heitor Márcio Schiave, 43 anos, preso depois de tentar fazer a prova do Detran no lugar da mãe, tenta voltar à rotina de trabalho na oficina localizada no distrito de Jaci-Paraná, em Porto Velho.

Segundo Heitor, a tentativa frustrada foi uma forma de presentar a mãe com a CNH, já que ela havia sido reprovada por três vezes no exame. Esta seria a quarta vez que a mulher tentaria tirar a habilitação. “Eu via o estresse dela nas tentativas frustradas de tirar a CNH, então tive a ideia de me transformar”, contou.

Porém, a atitude não deu certo e acabou em prisão no dia da prova prática do Detran, na terça-feira (10). A desconfiança inicial partiu de servidor da autarquia, que acionou a Polícia Militar. O mecânico já estava dentro do carro fazendo a prova de baliza quando recebeu voz de prisão.

A foto dele vestido de mulher na delegacia viralizou. Segundo Schiave, sua mãe, Maria de Lourdes, esqueceu o documento em sua casa há algumas semanas. Ele teria lembrado de que sua filha comentou sobre a semelhança física entre o pai e a avó. Então, o mecânico teve a ideia de se vestir de mulher para fazer a prova do Detran.

Para Heitor, que passou um dia inteiro para se produzir, inclusive com a ida em uma loja de roupas, a pior parte foi a depilação. “A pior parte foi depilar a barba na cera. Aí eu vou falar pra vocês: se eu soubesse o tanto que doía eu tinha tomado bastante cachaça para amenizar”, brincou.

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O mecânico também revelou que na noite anterior ao exame deu uma volta na cidade vestido de mulher e não foi reconhecido por nenhum morador. Acrescentou que, para não ser descoberto, colocou o RG da mãe na máquina de lavar, com objetivo de que a foto do documento ficasse irreconhecível.

Em liberdade, Heitor Schiave leva a situação de forma descontraída. Onde mora, as pessoas contaram que sabiam do caso e disseram entender o “ato de amor” de um filho pela mãe, apesar de a prática ser um crime. Com a repercussão do caso, ele ganhou até um apelido: vovozona.

*com informações de Agências