Rutiele Pereira Bersan, detenta da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, foi agredida com um soco na cela 5 do Bloco 7 e, após complicações, veio a falecer em 11 de abril. Relatos indicam que uma discussão, motivada por uma “fofoca”, entre as internas, teria motivado o soco.
O episódio ocorreu no dia 11 de março, por volta das 22h30, após as reeducandas chamarem os policiais para a cela de Rutiele, que tinha 37 anos. Segundo as detentas, a confusão começou depois da refeição e da oração, quando Jessica Vieira de Lima acusou Rutiele de falar mau de outras colegas de cela.
Embora Rutiele tenha tentado se defender, Jessica lhe desferiu um soco no nariz. Outra interna tentou intervir, mas Rutiele cambaleou, caiu desmaiada e foi encaminhada ao Hospital Regional do Gama (HRG), ainda lúcida, mas com sangramento nasal. Jessica foi levada para a 14ª Delegacia de Polícia, no Gama.
Posteriormente, em 19 de março, Rutiele foi transferida para o Hospital Home, na Asa Sul, onde permaneceu até sua morte.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) abriu um procedimento interno para investigar o caso, e a Polícia Civil do DF continua a investigar as causas do óbito.
Antecedentes criminais de Rutiele
Investigações da Polícia Civil revelam que Rutiele tinha um passado conturbado com Marcos de Almeida, seu ex-namorado. Não aceitando o fim do relacionamento e descobrindo a reconciliação dele com uma noiva, Rutiele atraiu Marcos para sua casa.
Lá, ele foi sedado com medicamentos, amarrado pelos pulsos e morto a facadas. O corpo de Marcos foi parcialmente encontrado em um bueiro na QR 327 em Samambaia Sul, em novembro de 2019, mas sua cabeça nunca foi recuperada.
De acordo com a Polícia Civil, não há dúvidas de que Rutiele “orquestrou toda a ação criminosa, desde a execução até a desova do corpo”.