
A Polícia Federal (PF) concluiu, em um novo relatório divulgado nesta terça-feira (11/06), que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho no atentado contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, ocorrido durante a campanha eleitoral de 2018 em Juiz de Fora, Minas Gerais. O relatório encerra a segunda investigação aberta para verificar possíveis ligações de Adélio com outras pessoas ou grupos.
Após uma análise detalhada de equipamentos eletrônicos, documentos e mais de 40 mil e-mails pessoais de Adélio, a PF reafirmou que não encontrou evidências de que ele tenha tido apoio ou mandantes para a execução do crime. “O criminoso confesso agiu por iniciativa própria, sendo o único responsável pelo planejamento e execução do ataque,” declarou a PF no relatório final.
Durante as investigações, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, resultando na coleta de dados que totalizaram 2 terabytes de imagens, 350 horas de vídeo e 600 documentos. Nenhum desses materiais apontou para a participação de terceiros no atentado.
A reabertura da investigação teve como um dos focos as possíveis conexões de um dos advogados de defesa de Adélio, mas os resultados não indicaram qualquer envolvimento com o atentado. No entanto, outros possíveis delitos do defensor foram identificados, embora não relacionados ao caso.
Adélio Bispo permanece preso, após ser considerado inimputável por problemas psiquiátricos, conforme decisão judicial que converteu sua prisão em internação provisória por tempo indeterminado. O Ministério Público Federal também se manifestou pelo arquivamento do inquérito policial, corroborando as conclusões da PF.
Com o encerramento desse inquérito, a PF espera que a decisão contribua para esclarecer definitivamente a dinâmica dos fatos ocorridos e encerrar as especulações sobre a existência de mandantes ou coautores no atentado contra Jair Bolsonaro.

Adélio Bispo – @Reprodução